A gestão de frotas se tornou uma área estratégica para empresas que dependem do transporte de bens, serviços ou pessoas.
Mais do que controlar veículos, o gestor de frotas precisa tomar decisões com impacto direto nos custos, na segurança e na eficiência operacional.
Com a digitalização do setor, novas competências estão sendo exigidas, e é aí que entra a importância da formação contínua.
A atuação do gestor de frotas hoje vai muito além de organizar planilhas ou supervisionar motoristas. Esse profissional precisa compreender indicadores de desempenho, reduzir desperdícios, garantir a manutenção preventiva, lidar com legislações ambientais e saber negociar com fornecedores. O domínio de tecnologias, como sistemas de rastreamento, plataformas de manutenção preditiva e ferramentas de roteirização, passou a ser essencial.
Além disso, o cenário de transformação digital e a pressão por metas sustentáveis colocam a gestão de frotas no centro das decisões corporativas. Segundo estudo da Frost & Sullivan, até 2030, mais de 60% das frotas comerciais na América Latina deverão adotar tecnologias conectadas — o que exigirá gestores atualizados, capazes de interpretar dados e liderar processos de inovação. Por isso, a especialização se torna um diferencial competitivo real.
O mercado brasileiro já oferece boas opções para quem quer se capacitar, tanto em níveis introdutórios quanto avançados. O SEST SENAT, por exemplo, é referência na formação de profissionais do transporte, com cursos gratuitos e pagos que abordam desde noções básicas de condução econômica até gestão completa de frotas. É uma opção acessível para quem está começando ou quer reforçar fundamentos técnicos.
Já instituições como a FGV (Fundação Getulio Vargas) e a FIA (Fundação Instituto de Administração) oferecem programas de pós-graduação e extensão com foco em logística empresarial. Nesses programas, o aluno aprende a integrar a gestão de frotas à cadeia de suprimentos, analisando impactos financeiros, operacionais e ambientais. São indicados para quem já tem alguma experiência na área e busca desenvolver uma visão mais estratégica.
Outras entidades relevantes incluem a NTC&Logística e a ABTLP, que promovem seminários técnicos, cursos rápidos e programas de atualização voltados para transporte rodoviário, cargas perigosas e inovações no setor. Essas formações têm o diferencial de estar muito próximas da realidade do mercado, com conteúdos validados por empresas atuantes no setor.
Além disso, para motoristas que desejam se capacitar de forma profissional, instituições como o ICETRAN e a Aprovat oferecem cursos voltados à direção defensiva, legislação de trânsito, reciclagem e transporte especializado. Essas formações são fundamentais para quem atua diretamente na operação da frota, garantindo mais segurança, conformidade e eficiência no dia a dia das empresas.
Para quem busca expandir horizontes ou trabalhar em empresas multinacionais, vale conhecer as certificações estrangeiras. Uma das mais reconhecidas é a CAFM – Certified Automotive Fleet Manager, oferecida pela NAFA Fleet Management Association, nos Estados Unidos. Trata-se de uma formação completa, dividida em módulos sobre aquisição de veículos, gestão de combustível, finanças, manutenção, segurança e sustentabilidade. Embora seja em inglês, muitos dos materiais estão disponíveis online e há fóruns de suporte para alunos.
Outra opção é o Institute of Transport Administration, no Reino Unido, que oferece certificações focadas em ética, conformidade regulatória e gestão eficiente de transportes. Essas formações são valorizadas por empresas que operam internacionalmente e exigem conhecimento de padrões globais.
Quem prefere algo mais flexível pode recorrer a plataformas como Coursera, edX ou Udemy, que oferecem cursos com certificação em logística, supply chain e gestão de transportes. Universidades como MIT, Rutgers e Michigan têm programas bem avaliados. Embora esses cursos não sejam específicos de frotas, ajudam a construir uma base sólida sobre o funcionamento dos fluxos logísticos.
A escolha da formação ideal depende do momento da carreira, dos objetivos pessoais e da disponibilidade de tempo. Quem está começando na área pode se beneficiar de cursos introdutórios com foco operacional, especialmente os oferecidos por entidades como o SEST SENAT. Já profissionais com experiência devem considerar formações mais robustas, com foco em estratégia, análise de dados e sustentabilidade.
É importante também verificar a credibilidade da instituição, os professores envolvidos, o conteúdo programático e os casos práticos abordados. Uma formação de qualidade vai além da teoria: ela conecta o aluno com os desafios reais do setor e oferece ferramentas para resolver problemas do dia a dia.
Outro ponto a considerar é o networking. Cursos presenciais e seminários são ótimas oportunidades para fazer contatos com outros profissionais e fornecedores do setor, o que pode abrir portas para futuras parcerias ou oportunidades de trabalho. Mesmo em cursos online, muitos programas oferecem fóruns de discussão e eventos virtuais que ajudam a construir essa rede.
Investir em formação é mais do que acumular certificados — é preparar-se para tomar decisões com mais confiança, liderar equipes com mais eficiência e contribuir de forma estratégica para os resultados da empresa. Em um mercado cada vez mais competitivo, ter conhecimento técnico atualizado e visão de longo prazo faz toda a diferença.
Seja você um gestor experiente em busca de atualização ou alguém dando os primeiros passos na área, existem opções acessíveis e relevantes para todos os perfis. A chave está em identificar onde se quer chegar, e começar a se preparar para isso hoje.
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DANIEL CORREA RODRIGUES
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