Cólica menstrual: até que ponto é normal?
Especialista do CEJAM explica como hábitos saudáveis podem auxiliar na redução das dores e orienta sobre quando é necessário procurar ajuda médica
DEUSARINA SANTANA
30/05/2025 11h31 - Atualizado há 1 dia
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A cólica menstrual é uma realidade para milhões de mulheres e pode impactar diretamente a qualidade de vida, a produtividade e o bem-estar delas. De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), cerca de 50% das mulheres em idade reprodutiva sentem cólicas durante o período menstrual. A dor tem origem na liberação de prostaglandinas, substâncias responsáveis por estimular as contrações uterinas para a eliminação do endométrio, camada interna do útero que se renova a cada ciclo. Quanto maior a liberação dessas substâncias, mais intensas são as contrações e, consequentemente, a dor sentida. Além disso, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que cerca de 10% das mulheres em idade fértil sofrem com a endometriose, doença inflamatória crônica que pode demorar anos para ser diagnosticada, justamente por a dor ser frequentemente naturalizada. Segundo o Dr. Sérgio Rocha, ginecologista da Santa Casa de São Roque, unidade administrada pelo Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” - CEJAM em parceria com a prefeitura da cidade, é fundamental diferenciar a cólica considerada normal daquela que pode sinalizar problemas como endometriose, miomas uterinos ou doença inflamatória pélvica. “O tratamento das cólicas varia conforme o grau de dor e a causa. Cólica leve pode ser tratada com medicação em casa; moderada, com suporte hospitalar; e nos casos graves, pode haver necessidade de intervenção cirúrgica. A dor é considerada normal quando não compromete a rotina da mulher. Já as cólicas incapacitantes merecem atenção especial", afirma o médico. Além do uso de medicamentos, práticas como atividade física regular, alimentação equilibrada e compressas de água quente podem ajudar a reduzir os sintomas. Em alguns casos, o uso de anticoncepcionais hormonais também pode ser recomendado como forma de controle. “A medicina alternativa, como acupuntura, fisioterapia e pilates, pode ajudar a combater dores mais leves (as cólicas simples). Já nas cólicas de forte intensidade, o efeito costuma ser mais limitado”, complementa. Dr. Sergio lembra que visitas regulares ao ginecologista são fundamentais para o esclarecimento de dúvidas e detecção precoce de problemas de saúde. O profissional também destaca que manter uma rotina equilibrada fortalece o sistema imunológico e contribui para a regulação dos níveis hormonais, especialmente em pacientes que adotam hábitos saudáveis, como uma boa alimentação e noites de sono adequadas. Ele ressalta ainda que esse estilo de vida não apenas alivia as cólicas, mas ajuda na prevenção e no controle de diversas outras doenças e sintomas. “O estresse e a ansiedade podem amplificar a percepção da dor e desregular o ciclo menstrual. O sistema nervoso central é o comando do nosso corpo. Se a paciente está tranquila, em um ambiente emocionalmente equilibrado, a cólica tende a ser de menor intensidade. Portanto, uma mulher que está bem psicologicamente pode ter suas dores menstruais amenizadas”, afirma o especialista. Sobre o CEJAM O CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com o poder público no gerenciamento de serviços e programas de saúde em São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Campinas, Carapicuíba, Barueri, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos, São Roque, Ribeirão Preto, Lins, Assis, Ferraz de Vasconcelos, Pariquera-Açu, Itapevi, Peruíbe e São José dos Campos. A organização faz parte do Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (IBROSS), e tem a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde. O CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS), tendo conquistado, em 2025, a certificação Great Place to Work. O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da Instituição. No ano de 2025, a organização lança a campanha "365 novos dias de saúde, inovação e solidariedade", reforçando seu compromisso com os princípios de ESG (Ambiental, Social e Governança).
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