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Cada vez mais presentes nas ruas e avenidas do país, as bicicletas deixaram de ser apenas uma opção de lazer para se tornarem também um meio de transporte sustentável e saudável. Essa mudança de comportamento ganhou reconhecimento com a criação do Dia Nacional do Ciclista, celebrado em 19 de agosto, data que reforça a importância de ações voltadas à segurança de quem pedala.
Apesar dos benefícios para o bem-estar e para o meio ambiente, o crescimento no número de ciclistas vem acompanhado de um alerta: o aumento da violência no trânsito contra quem utiliza a bicicleta. Levantamento do Ministério da Saúde mostra que, entre 2014 e 2024, o Brasil registrou 14.834 mortes de ciclistas. Apenas em 2023, foram contabilizadas 1.288 vítimas fatais, uma média preocupante de quase quatro por dia. Os dados do ano mais recente ainda são preliminares, podendo sofrer revisões.
Nos casos em que o acidente não é fatal, as consequências também são graves. É comum que os ciclistas sofram fraturas nos braços e pernas, lesões nos ligamentos e traumas nas articulações, exigindo tratamento médico especializado. Para reduzir esses riscos, o uso de equipamentos de proteção é indispensável, segundo o Dr. Robinson Pires, presidente da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (SBTO).
“O capacete é indispensável e deve ser utilizado sempre. Ele diminui consideravelmente as chances de traumas na cabeça, como fraturas no crânio e lesões cerebrais. Outros itens, como joelheiras e cotoveleiras, também ajudam a proteger em casos de queda ou colisão,” afirma o ortopedista.
O médico reforça que os equipamentos de segurança não devem ser ignorados, mesmo em deslocamentos curtos ou em áreas consideradas seguras. “Pequenas atitudes podem salvar vidas e evitar danos irreversíveis,” destaca Dr. Robinson Pires.
Além do uso de itens de proteção, os ciclistas precisam estar atentos a outros fatores que influenciam diretamente na segurança. Manter a concentração durante o trajeto, respeitar as regras de trânsito e observar constantemente os movimentos de veículos, pedestres e outros ciclistas são atitudes fundamentais. Sempre que possível, a recomendação é utilizar ciclovias, por oferecerem um ambiente mais controlado e protegido.
A conservação da bicicleta também é parte essencial desses cuidados. Freios, pneus, corrente e demais componentes devem ser inspecionados com regularidade. Equipamentos em más condições aumentam significativamente o risco de acidentes. Traçar rotas que evitem vias movimentadas ou perigosas também contribui para trajetos mais seguros.
“O ciclismo traz inúmeros benefícios à saúde e ao deslocamento urbano, mas deve ser praticado com responsabilidade. Quando unimos atenção, prevenção e manutenção adequada, conseguimos transformar a bicicleta em uma aliada da qualidade de vida sem comprometer a segurança,” ressalta Dr. Robinson Pires.
O especialista também alerta para os tipos de lesões mais comuns observadas nos acidentes com ciclistas. “As lesões osteomusculares mais comuns são as dos ombros e punhos, em razão da queda sobre essa parte ou mesmo na tentativa de mecanismo de defesa. Mas outras lesões ligamentares, fraturas e em outras regiões podem estar relacionadas conforme o mecanismo e a energia do trauma,” explica.
Outro ponto de atenção envolve os cuidados para evitar quedas. “Quando falamos de prevenção, é fundamental adotar atitudes que possam reduzir o risco, como não usar fones de ouvido, respeitar sinais de trânsito e ter muito cuidado ao passar em alta velocidade por marcações de trânsito como faixas nas pistas, pois podem ser pontos escorregadios, principalmente em condições climáticas chuvosas,” alerta Dr. Robinson Pires.
Ele também destaca o perigo das quedas simples em áreas de tráfego intenso. “A violência de quedas simples de bicicletas perto de vias de trânsito de veículos em alta velocidade ou de grande porte, como ônibus ou rodovias, pode ser fatal, mesmo quando o impacto inicial parece pequeno,” conclui o presidente da SBTO.
Sobre a Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (TRAUMA)
A Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (SBTO), fundada em 25 de setembro de 1997, é uma associação científica de âmbito nacional sem fins lucrativos, constituída por médicos interessados nos estudos das afecções ortopédicas traumáticas do sistema locomotor. Congrega médicos que se interessam pelo trauma ortopédico e suas sequelas, aperfeiçoar e difundir conhecimentos e a prática da traumatologia ortopédica.
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VIVIANE SOARES BUCCI
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