São Paulo avança em parceria internacional para enfrentar calor extremo e promover saúde urbana

Projeto com apoio da OMS e Bloomberg prevê monitoramento climático, adaptação de espaços públicos e ações de prevenção a doenças não transmissíveis na capital paulista.

28/05/2025 09h13 - Atualizado há 3 dias

São Paulo avança em parceria internacional para enfrentar calor extremo e promover saúde urbana
Divulgação / SMRI - Prefeitura de São Paulo

A Prefeitura de São Paulo recebeu, no último dia 26 de maio, representantes de uma organização internacional de saúde pública para tratar do avanço do projeto “Parceria para Cidades Saudáveis”. A reunião foi realizada na sede do Executivo municipal, com a presença de técnicos e autoridades da Secretaria Municipal de Relações Internacionais (SMRI) e da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente (SVMA). A iniciativa visa apoiar a cidade em estudos e estratégias de adaptação aos efeitos do calor extremo, relacionado às mudanças climáticas.

São Paulo integra a rede global Partnership for Healthy Cities, composta por 74 cidades que recebem apoio técnico e financeiro para ações de prevenção de doenças não transmissíveis (DNTs) e promoção da saúde urbana. O projeto prevê a instalação de sensores para monitoramento de microclimas urbanos, além da criação de diretrizes para adaptação de espaços públicos com foco em conforto térmico, especialmente em parques e áreas verdes. Oficinas com gestores públicos e comunidades locais também estão previstas nas etapas iniciais.

A capital paulista já havia participado, entre os dias 18 e 21 de março, da cúpula Partnership for Healthy Cities Summit, realizada em Paris. O evento reuniu lideranças de diferentes países para debater práticas que promovam cidades mais saudáveis e sustentáveis. Organizado pela Vital Strategies, Bloomberg Philanthropies e Organização Mundial da Saúde (OMS), o encontro teve como foco a prevenção de doenças como diabetes, doenças cardíacas e respiratórias.

Dados de estações meteorológicas apontam que áreas centrais e regiões urbanizadas da periferia da cidade registram temperaturas até 10°C mais altas do que locais com maior cobertura vegetal ou próximos a corpos d’água. O fenômeno, agravado pelas mudanças climáticas, afeta especialmente idosos e populações vulneráveis. A Prefeitura busca ampliar a coleta e análise dessas informações para embasar políticas públicas com foco em saúde e meio ambiente.

A iniciativa está alinhada com compromissos internacionais como a Agenda 2030 e o Global Cooling Pledge, da Organização das Nações Unidas. Com o apoio da Bloomberg Philanthropies e da OMS, o projeto busca desenvolver soluções locais baseadas em evidências para enfrentar os impactos do calor extremo e promover bem-estar nas áreas urbanas.


FONTE: SMRI - Prefeitura de São Paulo
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