COP 2025: especialistas alertam para riscos cibernéticos e enfatizam a necessidade de proteção de dados durante o evento

MICHEL MARECHAL
27/05/2025 10h51 - Atualizado há 1 dia

COP 2025: especialistas alertam para riscos cibernéticos e enfatizam a necessidade de proteção de dados durante o evento
Markus Spiske

À medida que o mundo se prepara para a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP 30), marcada para 2025 no Brasil, especialistas em cibersegurança destacam a importância de reforçar as defesas digitais contra possíveis ataques cibernéticos. Com a expectativa de receber delegações de mais de 190 países, além de organizações internacionais e ativistas, a segurança da informação será um pilar crítico para o sucesso do evento.

O Comitê Organizador da COP 30, em parceria com agências governamentais e empresas de cibersegurança, está implementando estratégias robustas, como o uso de criptografia avançada para proteger comunicações oficiais, treinamento em conscientização digital para delegados e equipe, monitoramento 24/7 de redes para detectar e neutralizar ameaças em tempo real, além de parcerias com empresas líderes em segurança digital para resposta rápida a incidentes.

"Todo grande evento global já nasce com um alvo digital nas costas — e a COP 30 não será exceção. A escala de visibilidade, a multiplicidade de atores e a sensibilidade das negociações atraem desde cibercriminosos oportunistas até operações coordenadas de desinformação. Blindar digitalmente um evento como esse é tão estratégico quanto garantir a segurança de chefes de Estado. O Brasil tem uma oportunidade única de mostrar ao mundo que segurança climática e segurança digital caminham juntas", afirma Arthur Gonçalves, fundador e CEO da Asper Security, empresa brasileira especializada em cibersegurança e proteção digital.

Além disso, o governo federal reforça o chamado à cooperação internacional em cibersegurança como parte da agenda climática. De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, uma força-tarefa de cibersegurança está em operação desde janeiro, envolvendo a Polícia Federal, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e parceiros internacionais. O objetivo é proteger sistemas críticos, garantir a integridade das comunicações e prevenir tentativas de desinformação digital durante o evento.

É sabido que eventos globais como a COP são alvos frequentes de ataques cibernéticos, incluindo phishing e golpes de engenharia social contra participantes e organizadores, vazamento de dados sensíveis de negociações climáticas ou informações pessoais, ataques a infraestruturas críticas, como redes de energia e comunicações e disseminação de fake news e desinformação para influenciar a opinião pública sobre as discussões climáticas.


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