São Paulo, maio de 2025 – A recente norma do Ministério do Trabalho, que entra em vigor este mês, marca um avanço importante na pauta da saúde mental nas empresas brasileiras. A exigência da NR-1, que obriga organizações a adotarem medidas de prevenção e cuidado com o bem-estar emocional dos colaboradores, começa a valer em caráter orientativo — mas já mobiliza discussões relevantes sobre ambientes de trabalho tóxicos e desgastantes. Apesar de 99% dos profissionais de RH reconhecerem a importância de estratégias voltadas para a saúde mental, apenas 34% das empresas implementam ações efetivas, de acordo com pesquisa publicada no Correio Braziliense.
Um dos setores mais afetados é a publicidade. Longas jornadas, prazos apertados, metas agressivas, instabilidade e o culto à criatividade em tempo integral são fatores que, somados, geram um ambiente de alta pressão e silencioso sofrimento. De acordo com pesquisas publicadas no Guia da Alma e em outras fontes do setor, 71% das equipes em agências enfrentam níveis moderados a altos de estresse, com a ansiedade sendo o principal distúrbio relatado por 64% dos líderes e colaboradores. Além disso, 65% dos profissionais relataram piora na saúde mental com o home office durante a pandemia e 32% dos trabalhadores brasileiros convivem com a Síndrome de Burnout — a publicidade está entre os segmentos mais vulneráveis.
Outro dado alarmante saiu na pesquisa com mais de 1.500 profissionais realizada pelo Grupo Olha Vaga: 80% dos publicitários acreditam que o equilíbrio entre vida pessoal e profissional oferecido na indústria publicitária precisa ser melhorado ou é insatisfatório.
Pensando nesse contexto, o Grupo Olha Vaga acaba de lançar o Olha Saúde Mental, um projeto voltado exclusivamente ao acolhimento emocional de profissionais da comunicação.
Criado por dois ex-publicitários que hoje atuam como psicanalistas, o serviço oferece sessões online com escuta especializada, empática e livre de julgamentos. “O mercado publicitário é brilhante, mas também exaustivo. A lógica da produtividade extrema e da competitividade pode adoecer — e muitas vezes adoece — seus profissionais. O Olha Saúde Mental surge como um espaço seguro, de cuidado real, onde o paciente não precisa explicar o que é um brainstorm ou justificar o peso de um deadline”, explica Fernando Segredo, que atuou por quase duas décadas como redator e head de criação.
Juan Brandão complementa: “A sobrecarga emocional no ambiente da publicidade é real e recorrente, mas muitas vezes negligenciada. Com o Olha Saúde Mental, propomos uma escuta técnica e fundamentada, mas também profundamente alinhada à vivência de quem conhece as pressões desse setor por dentro. Nosso compromisso é oferecer um acompanhamento que respeite a complexidade do sofrimento psíquico desses profissionais e contribua para uma trajetória de recuperação e reconexão com o próprio desejo.
Com uma proposta acessível e flexível, o Olha Saúde Mental disponibiliza sessões online com horários variados, pacotes de atendimento contínuo e liberdade de escolha entre os terapeutas. As consultas são realizadas por uma plataforma própria, com agendamento simples, direto e sigiloso. A base do trabalho é a psicanálise clássica, com uma leitura moderna e dinâmica — mais próxima da linguagem contemporânea e do cotidiano dos profissionais da comunicação. Isso torna o acolhimento mais efetivo e conectável com quem vive a rotina intensa das agências e do mercado criativo.
Algumas empresas já começam a reagir. A agência Calia, por exemplo, criou o programa “Calia Corpo & Mente”, com sessões de terapia, horários flexíveis e práticas de bem-estar — o que tem impulsionado o engajamento e a retenção de talentos.
“O momento é propício. Estamos diante de uma norma federal que aponta para um futuro mais saudável nas relações de trabalho. Mas enquanto isso ainda é teoria em muitas empresas, nós já estamos fazendo prática com o que conhecemos de dentro”, afirma Brandão.
Para saber mais, acesse: https://grupoolhavaga.com.br/olha-a-saude-mental/
Sobre os terapeutas:
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MARCELLA FERNANDES IZZO
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