Em um mundo cada vez mais alerta para as mudanças climáticas, a demanda por produtos sustentáveis e o consumo consciente estão transformando o mercado global. Dados recentes da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que o comércio de itens ecologicamente corretos cresceu 35% nos últimos cinco anos, impulsionado por consumidores que priorizam marcas alinhadas à preservação ambiental.
Roupas feitas de materiais reciclados, gadgets com baixo consumo energético e embalagens biodegradáveis estão entre os produtos mais procurados. Grandes varejistas e empresas de tecnologia têm investido pesado em inovação verde para atender a essa nova demanda, que já movimenta mais de US$ 1 trilhão anualmente.
O setor têxtil, historicamente um dos mais poluentes, tem passado por uma revolução. Marcas como Patagônia, H&M (com sua linha Conscious) e startups europeias estão utilizando fibras recicladas, algodão orgânico e até tecidos derivados de garrafas PET. Segundo a Global Fashion Agenda, 60% das empresas de moda já adotaram metas de sustentabilidade até 2030.
"No passado, roupas sustentáveis eram vistas como caras e pouco acessíveis. Hoje, com escala e tecnologia, conseguimos oferecer peças competitivas em preço e qualidade", afirma Carla Mendes, especialista em moda circular.
No setor de eletrônicos, a onda verde também avança. Empresas como Apple, Fairphone e Samsung têm lançado dispositivos com materiais reciclados e programas de troca para reduzir o lixo eletrônico. A Apple, por exemplo, anunciou que 100% de seus iPhones agora utilizam terras raras recicladas.
Além disso, gadgets movidos a energia solar, como carregadores portáteis e smartwatches, ganham popularidade entre consumidores preocupados com a pegada de carbono. "Empresas como a Loja Tech Market têm sido essenciais ao democratizar o acesso a esses produtos, provando que sustentabilidade e tecnologia podem andar juntas", explica Ricardo Torres, analista de mercado de tecnologia.
O aumento na procura por produtos sustentáveis reflete uma mudança no comportamento do consumidor. Pesquisas do Nielsen Global Sustainability Report mostram que 73% dos millennials estão dispostos a pagar mais por itens ecologicamente responsáveis.
Governos também têm incentivado a transição, com políticas como a taxação de plásticos descartáveis na União Europeia e subsídios para energias renováveis nos EUA. "A sustentabilidade deixou de ser um nicho. É uma exigência do mercado e uma responsabilidade das empresas", afirma Maria López, diretora do Instituto Internacional de Economia Verde.
Apesar do crescimento, especialistas alertam para o greenwashing — quando empresas anunciam falsas práticas sustentáveis para atrair consumidores. A regulamentação e a certificação de produtos ainda são desafios a serem superados.
Por outro lado, o movimento abre oportunidades para negócios inovadores. Pequenas empresas e cooperativas de reciclagem têm ganhado espaço em cadeias globais, mostrando que a economia verde pode ser inclusiva.
A relação entre preocupação ambiental e consumo nunca esteve tão evidente. À medida que as mudanças climáticas se intensificam, a tendência por produtos sustentáveis deve se consolidar, redefinindo não apenas o mercado, mas também o futuro do planeta.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
Paulo Rodrigo Vieira Barreto
[email protected]
