Diálogos da CIP reúne Cortella, Mariliz e Tas para discutir o papel transformador do feminismo

LGZ PRESS - LIANE G. ZAIDLER
19/05/2025 17h50 - Atualizado há 4 horas

Diálogos da CIP reúne Cortella, Mariliz e Tas para discutir o papel transformador do feminismo
Fabi Koren


Na noite de 12 de maio, o Teatro UOL do Shopping Pátio Higienópolis recebeu mais uma edição do Diálogos da CIP, promovido pela Congregação Israelita Paulista (CIP) e o Ministério da Cultura.

Com o título provocador “Feminismo: o melhor amigo do homem”, o evento reuniu um público diverso e interessado em refletir sobre os impactos, os mitos e a urgência do movimento feminista.
O debate contou com a participação da jornalista Mariliz Pereira Jorge, do filósofo Mario Sergio Cortella, sob a mediação sensível e bem-humorada do comunicador Marcelo Tas e abertura do rabino Dr. Ruben Sternschein.
O rabino Ruben deu início ao encontro com uma fala que percorreu as narrativas bíblicas sobre a criação do homem e da mulher, propondo múltiplas leituras que colocam em evidência o protagonismo feminino dentro da tradição judaica. “Para nós da CIP, é uma felicidade muito grande hospedar este evento sobre  feminismo. A tradição liberal da CIP já reconhece há décadas o papel de liderança das mulheres como rabinas, juízas e estudiosas da Torá”.
Para Marcelo Tas, o título do encontro sintetiza bem a urgência do debate: “É um título provocador que, na minha interpretação, estimula que a gente pergunte qual o papel do homem no feminismo, que é uma coisa muito pouco conversada. Os homens conscientes, quando se deparam com dados chocantes sobre o feminicídio e o machismo, muitas vezes se sentem perdidos no debate e nas ações. O feminismo não é um assunto de mulher, é um assunto da sociedade, de todos nós.”
Mario Sergio Cortella trouxe ao encontro a perspectiva filosófica, lembrando que o preconceito é uma das expressões mais graves da tolice humana. “A filosofia nos ajuda a pensar melhor sobre aquilo que parece óbvio, mas não é. E o preconceito contra o mundo feminino agrava ainda mais essa tolice, porque há muitos modos de sermos pessoas. Um deles é o mundo feminino. Toda forma de preconceito contra ele é, filosoficamente, reprovável”, pontuou Cortella, arrancando reflexões profundas da plateia.
Mariliz Pereira Jorge destacou a importância de entender o feminismo como um movimento coletivo, e não uma questão individual ou de nicho. “Antigamente, eu achava que o feminismo era sobre mim, sobre minhas vivências e traumas. Hoje entendo que é uma questão coletiva. Estamos vivendo um verdadeiro tsunami feminista, e precisamos da participação de toda a sociedade para que essa mudança aconteça — e aconteça rápido. É papel do jornalismo desconstruir estereótipos, construir pontes entre pensamentos diferentes”, afirmou.
Diálogos da CIP reafirma o compromisso da CIP com temas contemporâneos que impactam e transformam a sociedade.
O evento contou com tradução em Libras e patrocínio da CSN, Itaú, Bemol, Rosset, Banco Safra, Teleperformance e Smart Storage, e apoio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura.
 

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LIANE GOTLIB ZAIDLER
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