Como livros se tornam redes de apoio para mulheres e mães?

Pesquisa mostra que 73% das mães brasileiras se sentem sozinhas e solitárias

TAMYRIS TORRES
09/05/2025 15h21 - Atualizado há 20 horas

Como livros se tornam redes de apoio para mulheres e mães?
Arquivo pessoal
Qual a importância de discutirmos esses assuntos durante o mês das mães? Dados mostram que 73% das mães brasileiras se sentem solitárias no pós-parto; clube de leitura "Mãe Leva Outra" surge como espaço de acolhimento

A solidão das mães brasileiras impressiona:


● 11,6 milhões de mães criam os filhos sozinhas no Brasil (IBGE, 2022: “Famílias monoparentais chefiadas por mulheres”);
● 58% das mulheres afirmam que a maternidade as deixou mais isoladas socialmente (Pesquisa "Mulheres e Cuidados", Instituto Avon + Datafolha, 2023);
● 6 em cada 10 mães não têm rede de apoio para dividir tarefas cotidianas (Pesquisa da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, 2023).

Enquanto o Brasil celebra o Dia das Mães em 11 de maio, uma realidade pouco discutida persiste: a solidão materna. Segundo pesquisa do Instituto Bem Querer Mulher (2023), 73% das mães relatam sentir solidão no pós-parto, e 1 em cada 4 desenvolve sintomas de depressão perinatal (Fiocruz, 2022: “Estudo sobre depressão perinatal no Brasil”). A literatura, nesse contexto, tem se tornado uma ferramenta poderosa de identificação e acolhimento – e é essa a proposta do Clube de Leitura Mãe Leva Outra, que usa livros como pontes para conectar mulheres na jornada da maternidade e já possui mais de 50 mulheres inscritas.

Nesse cenário, histórias que retratam a maternidade real – sem romantizações – ganham importância vital. "Ler sobre experiências similares à sua reduz a sensação de isolamento e valida sentimentos complexos, como culpa e exaustão. Nosso grupo recebe mulheres de todos os tipos, de todos os gêneros e não é necessário que seja escritora, basta enxergar conexão na literatura", explica a participante do Clube Mãe Leva Outra, Maíra Castanheiro, iniciativa que reúne mães que escrevem e também são leitoras para debater livros sobre os desafios e delícias da maternagem.

Cuidado como responsabilidade coletiva: "A literatura nos permite enxergar que não estamos sozinhas naquela madrugada em claro com o bebê ou na dúvida sobre nosso lugar no mundo após a maternidade", diz Ariana Pereira, autora do mês de maio do Clube. Dia das Mães 2025: Presentear com acolhimento Neste 11 de maio, enquanto flores e chocolates dominam as vitrines, o clube reforça: "O melhor presente para uma mãe é a certeza de que ela não está só". A proposta é incentivar a leitura de obras que falam sobre maternidade real em encontros mensais e lives especiais com o intuito de levar debates mais extensos ao grande público.

Literatura como abraço coletivo Criado em 2024, o Clube Mãe Leva Outra (vinculado à editora Urutau) promove encontros mensais para discutir obras que abordam temas como:
● Invisibilidade materna;
● Maternidade solo;
● Puerpério e saúde mental;
● Romantização e culpabilização na maternidade.

Mais informações sobre o Clube:

Encontro on-line mensal
● Encontro mensal: 26/05, às 19h (via Google Meet - link enviado por e-mail para as participantes inscritas)
● Link do formulário para inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeXOMmdBQYBkyiq4uxeLcYWK LcJ7k487e8TD0YTzEHjE34hzA/viewform 

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ALEX YAN DA COSTA MENDES
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FONTE: Assessoria de imprensa
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