Diagnóstico de hipertensão cresce nas UBSs de São Paulo com reforço em ações preventivas

Em sete meses, mais de 147 mil casos foram identificados na atenção básica; equipes de saúde intensificam busca ativa e incentivo a hábitos saudáveis.

Redação - Itaquera em Notícias
26/04/2025 20h49 - Atualizado há 16 horas

Diagnóstico de hipertensão cresce nas UBSs de São Paulo com reforço em ações preventivas
Divulgação / SMS - Prefeitura de São Paulo

As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital diagnosticam, em média, 52 novos casos de hipertensão arterial por mês. Entre setembro de 2024 e março deste ano, foram realizados 147.354 diagnósticos na atenção básica, impulsionados por protocolos de busca ativa e vigilância contínua realizados pelas equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF). A importância do diagnóstico precoce é ressaltada nesta sexta-feira (26), durante o Dia Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Hipertensão Arterial.

De acordo com Marcelo Takishi Scrocco, da Coordenadoria de Atenção Básica (CAB), a aferição regular da pressão arterial e a atuação dos agentes comunitários de saúde são fundamentais para identificar casos e fatores de risco. Os agentes visitam residências e repassam informações relevantes às equipes de saúde, fortalecendo a prevenção e o controle da doença, considerada uma das principais causas de enfarte, acidente vascular cerebral e insuficiência renal.

Dados do Sistema de Vigilância Vigitel, do Ministério da Saúde, apontam que em 2023 cerca de 29% dos homens e 28,7% das mulheres residentes em São Paulo relataram diagnóstico de hipertensão. Segundo Renata Scanferla, do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (NDANT), houve um aumento em comparação a 2013, especialmente entre os homens.

A hipertensão possui componentes hereditários em 90% dos casos, mas fatores como excesso de peso, alimentação inadequada, sedentarismo, tabagismo e estresse contribuem para seu desenvolvimento. Em gestantes, a doença pode desencadear pré-eclâmpsia, uma condição grave que pode levar a complicações maternas e neonatais.

Para enfrentamento e controle da doença, as UBSs oferecem acompanhamento multidisciplinar, incluindo orientações nutricionais e incentivo à prática de atividades físicas. Entre as ações, estão o Programa Academia da Saúde e alternativas de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Pics), como ioga, tai chi pai lin e dança circular, disponíveis em todas as unidades da capital.


FONTE: SMS - Prefeitura de São Paulo
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