Cheia do Rio Purus, no sul do Amazonas, transforma espaços da escola em comunidade indígena
Tablado de madeira vira uma quadra flutuante, para que crianças e jovens possam continuar com suas atividades no Projeto Núcleos Lábrea, do Instituto Esporte e Educação (IEE)
ZDL SPORTS
10/04/2025 11h14 - Atualizado há 16 horas
IEE / Divulgação
O período é de cheia do Rio Purus, em Lábrea, no sul do Amazonas, a 700 quilômetros da capital, Manaus. A comunidade indígena Santa Rita, habitada pelo povo Paumari e atendida pelo Projeto Núcleos Lábrea, do Instituto Esporte e Educação (IEE), fica alagada. E as crianças têm seus espaços de jogos e brincadeiras restritos aos tablados de madeira de suas casas e da escola. Não há área seca para brincarem, já que tudo é inundado pelo rio.
Os ciclos de cheia e vazante fazem parte da vida das comunidades indígenas e ribeirinhas de Lábrea. Educadores e educadoras do projeto do IEE sabem disso e organizam as atividades voltadas para essa realidade, garantindo que crianças e jovens nunca parem de brincar, aprender e se desenvolver com o esporte. São 24 alunos beneficiados, com idade entre 5 e 16 anos.
Santa Rita está localizada na margem direita do Rio Purus. Para o período de cheia, o educador Arão Paumari, juntamente com o subcoordenador Judilson Lima, transformou o pequeno tablado de madeira da escola em quadra flutuante, onde as crianças e jovens da comunidade fazem suas atividades.
Escola construída em estrutura elevada - Todas as casas, inclusive a escola, são construídas em madeira e elevadas sobre estruturas chamadas barrotes. Nessa época, a locomoção é feita exclusivamente por canoa. Um período em que as atividades das famílias ficam limitadas.
Mas, as ações do Projeto Núcleos Lábrea têm garantido lazer e aprendizado para os alunos, com uma atuação comprometida e alinhada com as necessidades das crianças e jovens, assim como da comunidade
Na escola de tablado flutuante são realizadas práticas como vôlei adaptado, cabo de guerra, cantigas de roda, corridas e brincadeiras tradicionais do povo Paumari. As crianças e jovens demonstram entusiasmo, alegria e satisfação com as diferentes atividades.
“O professor Arão, por conhecer profundamente a realidade local, adapta todas as atividades esportivas às condições disponíveis. Assim, o impacto do projeto tem sido extremamente positivo para toda a comunidade. Ele oferece novas possibilidades de interação durante o período da cheia”, destaca Alexandre Arena, coordenador pedagógico do IEE.
O Projeto Núcleos Lábrea conta com os seguintes parceiros: Itaú, Verde Asset Management, BIC Amazonia, Bank Of America, Grupo SEMP, Localiza&CO e Instituto Localiza via Lei de Incentivo ao Esporte / Ministério do Esporte / Governo Federal e NIKE.
Sobre o Instituto Esporte e Educação – Criado em 2001 pela medalhista olímpica Ana Moser, o Instituto Esporte e Educação (IEE) já atendeu a 7,7 milhões de crianças e jovens e capacitou mais de 65 mil professores e educadores em todo o Brasil. Sua metodologia já chegou em 27% dos municípios brasileiros (1.548).
A metodologia do IEE é baseada nos princípios do esporte educacional: inclusão de todos, construção coletiva, respeito à diversidade, educação integral, rumo à autonomia. Além das esportivas, as atividades realizadas são nas esferas da cultura, saúde, cidadania, protagonismo juvenil e ação comunitária.
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DURVALINO VERGILIO DORO JUNIOR
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