divulgação *Por Amure Pinho
A inovação aberta tem se consolidado como uma tendência crescente no Brasil, especialmente no contexto de parcerias entre grandes empresas e startups. Muitas corporações têm procurado soluções inovadoras fora de suas estruturas, ao buscar colaborações neste setor. Esse movimento é impulsionado pela necessidade de se manter competitivas e de explorar novas oportunidades de negócio, além de responder a desafios específicos em suas cadeias produtivas.
Em 2023, a plataforma 100 Open Startups registrou um aumento considerável nas parcerias entre empresas e startups no Brasil, com mais de 54 mil parcerias realizadas, totalizando R$6,4 bilhões investidos, o que é mais do que o dobro do registrado no ano anterior. Isso demonstra a crescente valorização desse modelo de colaboração. Entre as empresas que mais investem nesse tipo de inovação estão grandes nomes como Ambev, Suzano e Gerdau, que têm se destacado na criação de programas de aceleração e no fomento a soluções tecnológicas por meio de startups.
O conceito de inovação aberta, que envolve o compartilhamento de conhecimento, ideias e recursos entre diferentes organizações, tem como um de seus maiores benefícios a aceleração do processo de inovação. Associando-se a startups, as grandes empresas conseguem acessar tecnologias emergentes, novas abordagens de mercado e soluções que podem ser aplicadas de maneira mais ágil. Essas parcerias ajudam as startups a escalar seus negócios e a ter acesso a recursos financeiros e operacionais de maior porte.
Esse impacto é significativo na transformação do ambiente empresarial brasileiro, especialmente em setores como bens de consumo, alimentação e metalurgia. A Gerdau, por exemplo, se destaca ao colaborar com mais de 1.600 startups por ano, promovendo cocriações que buscam otimizar a produção de aço e desenvolver soluções sustentáveis. Esse tipo de colaboração está moldando o futuro das indústrias no país, criando um ciclo virtuoso de inovação que beneficia tanto as grandes corporações quanto os empreendedores do setor de tecnologia.
As parcerias também são uma resposta às exigências do mercado global, que cada vez mais exige rapidez, sustentabilidade e inovação. Ao adotar práticas de inovação aberta, as empresas impulsionam a sua competitividade e, concomitantemente, ajudam a fomentar um ecossistema de inovação no Brasil, que beneficia tanto as grandes corporações quanto as pequenas empresas tecnológicas. Por fim, o movimento tem ganhado força e, com ele, a expectativa é de que mais empresas sigam esse caminho para se manter relevantes em um mercado cada vez mais dinâmico e digital.
*Amure Pinho é empreendedor há mais de 20 anos, já foi presidente da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), é investidor-anjo em mais de 50 startups e fundador do Investidores.vc, plataforma de investimento em startups que já investiu mais de R$35 milhões nos últimos anos.
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Gabriela Calencautcy
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