A polêmica é antiga, e os indícios de que a adição de flúor à água que bebemos não passa de uma manobra suja, com lucros para os interessados e prejuízos para os consumidores, merecem a nossa maior atenção.
Quando tudo começou
Em 1930, a Alcoa era a gigante em produção de alumínio e estava preocupada com os efeitos negativos do gás flúor nos seres humanos, pois os processos contra a empresa já se acumulavam. Assim, o pesquisador Gerald Cox e o Instituto Mellon (Andrew Mellon, fundador e principal acionista da Alcoa) foram incumbidos de criar uma campanha que influenciasse a opinião pública sobre os benefícios do flúor para a saúde quando adicionados à água de beber.
Anos depois, autorizados pelo próprio advogado da Alcoa, a adição do flúor à água de abastecimento aconteceu em janeiro de 1945, e a cidade de Grand Rapids, Michigan, tornou-se a primeira de milhares de municípios dos EUA a orgulhosamente adicionar flúor à fonte de água comunitária, sob o pretexto de prevenir a cárie dentária.
No Brasil, a primeira cidade a utilizar o flúor na água como forma de “prevenir a cárie” foi em Baixo Guandu, em 1953.
Mas as dúvidas e discussões a respeito do benefício do uso do flúor na água de abastecimento ou mesmo em pastas-de-dente se tornaram uma constante desde então, e de tempos em tempos as questões associadas ao uso do tóxico, outrora usado para matar ratos, baratas e piolhos, tornam a virar notícia. E em alguns meios, por exemplo dentistas biológicos, a prática é absolutamente repudiada e não aceita, uma heresia para os grupos defensores.
O documentário feito em 2015, chamado “Veneno na Água – Flúor”, traz evidências e provas chocantes de que o flúor na água não passa de uma farsa forjada pela indústria, com estudos manipulados para mostrar benefícios positivos com o uso do produto altamente tóxico que custaria uma fortuna para a empresa tratar os dejetos de forma apropriada.
No entanto, à medida que os anos passaram vieram estudos e mais estudos científicos demonstrando os males causados à saúde com a prática da fluoretação. Mas o lobby é enorme e o mito permanece há praticamente 70 anos, mesmo havendo evidências nítidas e comprovadas dos problemas associados ao uso do flúor.
Em antiga publicação, o médico americano Doutor Joseph Mercola já mostrava os seguintes problemas:
• Acelerar o processo de envelhecimento
• Causar danos genéticos
• Contribuir para artrite e dores nas articulações
• Aumentar a incidência de câncer e crescimento de tumores
• Interromper o reparo do DNA
Mas hoje fala-se também de problemas seríssimos que o Programa Nacional de Toxicologia (NTP) divulgou em 2023, um relatório preliminar que liga a exposição pré-natal e infantil ao flúor à redução do QI em crianças, depois de as autoridades de saúde pública governamentais tentarem durante quase um ano bloquear a publicação do documento.
“Estas descobertas vão contra as alegações vazias e não científicas que as autoridades de saúde dos EUA têm propagado durante anos, afirmando que a fluoretação da água é segura e benéfica”, disse Robert F. Kennedy Jr., indicado por Trump como secretário de Saúde e Serviços Humanos, HHS, para 2025.
Outro aspecto a ser observado é a Fluorose.
A fluorose ocorre quando o esmalte dentário fica progressivamente enfraquecido e descolorido. Muitas vezes é caracterizada por manchas brancas e descoloração amarela ou marrom.
Uma investigação apresentada na Conferência Nacional de Saúde Oral de 2017 destacou a realidade de que cada vez mais jovens entre os 6 e 19 anos sofrem de fluorose dentária devido ao excesso de flúor.
É importante ressaltar que a maioria dos países da Europa Ocidental, incluindo Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Islândia, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Suécia e Suíça, rejeitaram a fluoretação da água. A China, após acrescentar flúor na água de abastecimento durante 20 anos, parou a prática nos anos 80, e a Dinamarca jamais acrescentou o tóxico à água de abastecimento público.
No Brasil, embora nem todas as regiões façam a fluoretação da água, a prática é tratada como sendo importantíssima para evitar a cárie, e a maioria dos dentistas desconhece os problemas causados à saúde devido à toxicidade e uso do flúor para prevenir cáries.
Portanto, não é de se estranhar que o Cirurgião Geral da Flórida, Joseph Ladapo, agora com o apoio de Robert F. Kennedy Jr., tenha aconselhado a interrupção do uso de flúor na água de abastecimento das casas, uma vez que são tantos os indícios de problemas associados à fluoretação da água. Além do quê, novas pesquisas sugerem que a exposição crônica a altos níveis de flúor pode ter efeitos neurológicos prejudiciais às crianças, como menor QI e maiores taxas de Transtorno de Défice de Atenção e Hiperatividade, TDAH, afirmou o médico.
por Florence Rei, formada em Química pela Oswaldo Cruz em São Paulo, graduada pela Faculdade de Medicina OSEC em Biologia e formada em Microscopia Eletrônica. Atualmente vive na Flórida (USA) e desde 2019 vem atuando como pesquisadora independente e escritora. contato: www.florencerei.com / email: [email protected]
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DENISE MONTEIRO SANTOS
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