O lipedema é uma doença crônica que acomete cerca de 10 milhões de mulheres no Brasil e aproximadamente 10% da população feminina mundial. Caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura em áreas como quadris e pernas, ele vai além de uma questão estética. A doença provoca dores constantes, sensação de peso nos membros e alterações na textura da pele que, embora lembrem celulite, não são. A doença costuma afetar a mobilidade das pacientes, que podem se sentir limitadas até mesmo para realizar atividades cotidianas.
Apesar dos esforços com exercícios físicos e dietas direcionadas, muitas pacientes não obtêm alívio significativo dos sintomas. Quando o quadro não responde a tratamentos convencionais, a lipoaspiração surge como uma alternativa terapêutica recomendada. “O lipedema é uma condição que vai muito além de uma simples questão estética e pode ter impactos profundos na mobilidade e bem-estar das pacientes. A lipoaspiração, quando realizada para tratar o lipedema, proporciona uma melhora real na dor, no peso dos membros e, especialmente, na qualidade de vida das pacientes, que muitas vezes sentem um alívio que não conseguiram com outros tratamentos”, afirma o cirurgião plástico, Felipe Villaça.
A lipoaspiração para o tratamento do lipedema é um procedimento que demanda técnica e conhecimento especializado. A cirurgia é realizada com o objetivo de remover o excesso de gordura doente, preservando os tecidos saudáveis e reduzindo os sintomas dolorosos e desconfortáveis que caracterizam a doença. Diferente da lipoaspiração estética, o procedimento foca na restauração da mobilidade e no alívio das dores, ajudando as pacientes a retomarem suas atividades com maior autonomia. Segundo especialistas, a cirurgia deve ser acompanhada de cuidados pós-operatórios rigorosos e uma abordagem multidisciplinar, que inclui fisioterapia e acompanhamento nutricional para manter os resultados a longo prazo.
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ICARO ALISSON ROSA AMBROSIO
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