O atendimento em saúde mental na cidade de São Paulo passou por mudanças significativas desde a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, a rede municipal conta com uma estrutura diversificada de serviços voltados a pessoas com transtornos mentais e dependência de álcool e outras drogas, seguindo as diretrizes da Rede de Atenção Psicossocial (Raps).
A Reforma Psiquiátrica, iniciada no país na década de 1970, marcou o abandono gradual do modelo manicomial e consolidou a adoção de serviços comunitários. Em São Paulo, os hospitais psiquiátricos foram substituídos por equipamentos que priorizam o tratamento humanizado, a autonomia e a reintegração social dos pacientes.
A rede municipal reúne diferentes modalidades de atendimento, como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), Unidades de Acolhimento, Serviços Residenciais Terapêuticos e Centros de Convivência. Esses espaços oferecem acompanhamento médico e terapêutico, além de atividades coletivas que estimulam a convivência e a capacitação profissional.
Além do suporte especializado, o atendimento em saúde mental também pode ser iniciado nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que encaminham os pacientes para serviços de maior complexidade quando necessário. O atendimento é gratuito e aberto a toda a população, sem necessidade de encaminhamento prévio.
Com a ampliação da rede, São Paulo busca garantir acesso a tratamentos contínuos e integrados, reforçando o papel do SUS como referência nacional no cuidado em saúde mental. O modelo prioriza não apenas o tratamento clínico, mas também a reabilitação e a inclusão social de pessoas em situação de vulnerabilidade.