Uma história digna de atletas de primeiro escalão, com muito treino, cronômetro, técnica, beleza e precisão sob a avaliação de jurados. Porém, com alguns diferenciais do mundo do esporte. Entre eles, o aroma e o sabor. O Brasil estará mais uma vez entre as potências da panificação mundial com participação na 10ª edição do Mondial du Pain, o mais prestigiado campeonato de panificação do mundo, que será realizado entre os dias 17 e 20 de outubro em Nantes, na França.
Com 220 novas padarias por dia*, o Brasil mostra que a panificação está em um momento especial na movimentação e crescimento. Nada mais justo do que ter uma seleção brasileira disputando este campeonato. No time brasileiro, estão o estrelado chef padeiro, confeiteiro e chocolatier Fernando de Oliveira, que treina o chef padeiro Rodolfo Nunes, conhecido como Rodolfo Maniçoba, e seu assistente, o jovem Kássio Pereira, de apenas 21 anos.
A cada dois anos, 18 equipes internacionais se encontram neste campeonato mundial para desenvolver receitas típicas de suas regiões e com a temática proposta, em diferentes frentes, como panificação e confeitaria, a fim de ganharem o título de melhores padeiros do mundo. Tudo é planejado e calculado e o “balé” da construção das receitas é avaliado de forma integral, contando pontos até mesmo a forma como os padeiros se comunicam entre si e como suas bancadas são organizadas e limpas, durante e depois de cada execução. Peso, quantidade, medida e valor nutricional contam, e qualquer deslize pode ser fatal para a chegada ao pódio.
Com tanta pressão pela excelência, uma equipe de psicólogos da Universidade Caxias do Sul foi chamada para integrar o time. A alimentação dos participantes, sono, rotina, bem como os treinos - que têm começado às 5h da manhã nos fins de semana - e rendimentos vêm sendo acompanhados com cuidado para atingir o melhor resultado possível.
Fernando Oliveira, líder da equipe brasileira do Mondial du Pain 2025, é um veterano e o representante ideal para a panificação brasileira, seja na competição, seja como um dos Embaixadores do Pão do Brasil no mundo, associação que está sendo formada a partir desse ano e já está em fase de criação de estatuto e regularização formal.
“Esse tipo de organização é fundamental para que viremos porta-vozes e referência quando o assunto é panificação e confeitaria, de modo a fomentar a replicação de boas práticas no setor”, explica o chef Fernando Oliveira.
Para a Lesaffre, empresa cuja missão é "Trabalhar juntos para melhor nutrir e proteger o planeta", apoiar a panificação brasileira e seus representantes de ponta é uma forma de manter viva a cultura milenar do pão a partir da inovação e desenvolvimento de soluções para a produção de pães com foco na qualidade, sabor e valor nutricional.
É a oitava vez que o Brasil participa da competição, agora em sua décima edição. Em 2022, Rodolfo ficou em quarto lugar na seletiva. Em 2019, na França, a equipe, que contava com o chef Fernando de Oliveira, ficou entre os oito melhores do mundo e, em 2023, foram convidados para assistir a competição no Japão, onde acontece a derradeira etapa, junto a países como China, Taiwan, Taipei, França, Bélgica, Peru e os anfitriões.
Ao chegar na França, os embaixadores treinam ainda sob as condições de temperatura e pressão locais, utilizando o Baking Center da Lesaffre em Lille e ajustando tempos e movimentos para que o pão brasileiro entregue todo seu potencial no clima francês.
A ida desses embaixadores a Nantes é mais do que a participação em um torneio. É uma oportunidade ímpar para o intercâmbio de conhecimentos, para a observação de novas técnicas e tendências que moldam o futuro da panificação, e para o estabelecimento de conexões valiosas com profissionais de diversas culturas.
É um momento de aprendizado e inspiração que, sem dúvida, enriquecerá o cenário da panificação em solo brasileiro. Independente do resultado final, a simples participação já é uma vitória, consolidando o Brasil como um player relevante no mapa mundial da panificação e abrindo caminho para futuras gerações de padeiros talentosos que sonham em levar o sabor brasileiro para além de nossas fronteiras.
Um dos critérios avaliados na competição será o uso de diferentes tipos de fermentação, utilizando tanto massa madre como fermento biológico. No Brasil, a Lesaffre se destaca como referência em fermentação e foi pioneira no desenvolvimento da massa madre viva em escala industrial. Com esse know-how, a empresa oferecerá suporte técnico, insumos e orientação especializada à equipe durante os treinos.
“O uso de massa madre não é apenas uma tendência, é uma exigência técnica e sensorial no Mundial. Trabalhar com este ingrediente traz complexidade de sabor, textura e durabilidade aos pães. É um orgulho para nós, da Lesaffre, apoiar essa jornada e contribuir com o desenvolvimento da panificação brasileira no cenário global”, afirma André Tesini, diretor Comercial e de Marketing da Lesaffre Brasil.
O Mundial do Pão reúne 21 equipes de diferentes países. O Brasil enfrentará adversários como França, Japão, Coreia do Sul, México, Costa do Marfim, Bélgica, Taiwan, Países Baixos e Colômbia. Cada delegação é avaliada por critérios rigorosos que envolvem:
As provas exigem que os participantes apresentem pães com assinatura autoral, além de um produto brasileiro reinterpretado com técnicas internacionais.
*Dados do Sebrae, de junho de 2025.
Sobre a Lesaffre
Um em cada três pães no mundo é feito com fermento Lesaffre. Com mais de 170 anos de história, a multinacional francesa é referência em fermentação, desenvolvendo soluções para panificação, saúde e biotecnologia. Fundada em 1853, iniciou com a produção de álcool e, em 1863, expandiu para fermento de panificação. Com experiência em massa madre desde a década de 90, oferece produtos que prolongam frescor e maciez com soluções clean label.
Presente em mais de 50 países, a Lesaffre está no Brasil há mais de 30 anos e inaugurou em 2021 a primeira fábrica local de massa madre viva. Com sede em Campinas, a empresa conta com uma equipe técnica via Baking Center™ e uma rede de distribuidores por todo o país.
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LAILA ABOU MAHMOUD
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