ESG: Transformando o futuro do setor de embalagens

Por Fabiano Dias de Almeida Marques

JACKSON VIAPIANA/ MáQUINA
29/09/2025 11h36 - Atualizado há 2 horas

ESG: Transformando o futuro do setor de embalagens
Divulgação Brasilata
A agenda ESG (Ambiental, Social e Governança, na sigla em inglês) deixou de ser apenas uma pauta de responsabilidade corporativa para se tornar um fator estratégico essencial em todos os setores - e não seria diferente na Indústria de embalagens metálicas. Empresas que adotam práticas sustentáveis, socialmente responsáveis e bem governadas não apenas preservam a boa reputação, mas também fortalecem sua competitividade em um mercado cada vez mais exigente e consciente.

No aspecto ambiental, a pressão por redução de emissões, uso de energia renovável, gestão de resíduos e mitigação de riscos exige que fabricantes de embalagens repensem processos e materiais. Não por acaso, a economia nacional, de modo amplo, já caminha nesse sentido: dados da pesquisa “Avanços e Desafios: A Maturidade ESG nas Empresas Brasileiras 2024”, elaborada pela consultoria Beon ESG e realizada pela Nexus em parceria com a Aberje, mostram que 51% das companhias já possuem estratégia de sustentabilidade, 14 pontos percentuais a mais que em 2021, enquanto a proporção de empresas com metas ambientais subiu de 31% para 43%.


Investir em inovação, como o desenvolvimento de soluções circulares, que é o caso do uso de plástico pós-consumo para a confecção de embalagens híbridas ou o desenvolvimento de novas tecnologias de impressão para latas de aço com menor pegada de carbono (impressão digital com laminação em aço), permite que as empresas alinhem eficiência produtiva com menor impacto ambiental, atendendo tanto às demandas regulatórias quanto às expectativas de consumidores e parceiros comerciais mais exigentes. Além disso, a adoção de tecnologias digitais para monitoramento de emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa) e controle de consumos em geral fortalece o gerenciamento ambiental e contribui para decisões mais estratégicas e precisas.

Dessa forma, empresas que adotam práticas estruturadas de sustentabilidade tendem a reduzir custos operacionais, inovar em produtos e processos, além de criar vantagens competitivas de longo prazo. Ao mesmo tempo, estão melhor posicionadas para clientes, consumidores e investidores que valorizam a responsabilidade socioambiental.

O pilar social, por sua vez, demonstra que negócios saudáveis vão além do lucro. Programas de diversidade, inclusão etária, igualdade de gênero e apoio a comunidades impactadas fortalecem a imagem corporativa e criam ambientes de trabalho mais engajados. A promoção de estágios afirmativos, treinamentos de capacitação e incentivo à participação ativa dos colaboradores evidenciam um compromisso real com a inclusão, o pertencimento e o bem-estar das equipes. Empresas que internalizam esses princípios tendem a atrair e reter talentos, além de consolidar relacionamentos positivos com a sociedade e parceiros de negócios.

Finalmente, a governança sustenta toda a estratégia ESG. Conselhos administrativo e de sustentabilidade, comitês estratégicos atuantes, transparência em processos e treinamento completo em compliance garantem que as políticas ambientais, de ética e sociais sejam implementadas de forma consistente e perene. Uma governança estruturada fortalece a confiança do mercado, melhora a capacidade de captação de investimentos e assegura que a sustentabilidade seja incorporada ao modelo de negócios, e não apenas declarada em relatórios anuais ou em peças publicitárias.

Dessa forma, a integração dos três pilares ESG não é apenas uma tendência, mas uma necessidade estratégica para o setor de embalagens. Seu avanço na economia brasileira reflete uma mudança cultural e estratégica nas empresas, que passam a enxergar essa agenda, não como custo, mas como motor de investimento, crescimento e inovação.

No setor de embalagens, integrar o ESG significa construir operações resilientes, engajar colaboradores e gerar valor duradouro para toda a cadeia produtiva. Em última análise, empresas que absorvem esses princípios contribuem para um mundo mais sustentável e mais inclusivo, posicionando-se na dianteira de um mercado em constante transformação.

*É Coordenador de ESG da Brasilata. 
 

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JACKSON VIAPIANA
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