​​Quadrilhas de óleo vegetal colocam em risco saúde pública e segurança alimentar

EDINEY GIORDANI
23/09/2025 08h55 - Atualizado há 1h

​​Quadrilhas de óleo vegetal colocam em risco saúde pública e segurança alimentar
Foto: Polícia Rodoviária/SP

Recentemente uma operação da Polícia Federal desbaratou um complexo sistema de combustível adulterado nos postos do Brasil. Quadrilhas como essas não estão presentes apenas em gasolina ou álcool, mas também em um item da nossa cozinha: o óleo vegetal.

O óleo é item básico na mesa do brasileiro e também um dos produtos mais sujeitos a irregularidades no mercado. Com o aumento do preço do produto nas prateleiras, a busca por opções mais baratas cresceu e, junto dela, a ação de quadrilhas que burlam a fiscalização e colocam em risco a saúde dos consumidores.

Um exemplo recente ocorreu na BR-277, na Região Metropolitana de Curitiba, quando a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 47 toneladas de óleo vegetal transportadas de forma ilegal em tanques destinados a derivados de petróleo. Produtos alimentícios só podem ser transportados em equipamentos certificados pelo INMETRO, o que não acontecia.

Casos como esse não são isolados. Em fevereiro, em Curitiba, uma operação da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) resultou no fechamento de uma fábrica clandestina de óleo e azeite que eram destinados a restaurantes e bares da cidade com preços até 50% menores do que os praticados no mercado:

“Essas práticas criminosas comprometem a segurança alimentar e atentam contra a saúde pública. Infelizmente, ainda vemos quadrilhas especializadas que se passam por empresas autorizadas para roubar óleo de cozinha usado de bares e restaurantes, revendendo-o de forma clandestina”, alerta Vitor Dalcin, Diretor da Ambiental Santos.

Segundo Dalcin, o esquema é simples: falsos coletores aproveitam momentos de distração ou alta movimentação nos estabelecimentos para levar todo o óleo armazenado, também há o furto durante a madrugada. Em muitos casos, o resíduo acaba sendo filtrado e voltando ao mercado como se fosse novo, sem qualquer controle sanitário.

“Estabelecimentos que mantêm boas práticas de controle e firmam parcerias com empresas certificadas evitam prejuízos, reduzem riscos legais e, principalmente, protegem seus clientes”, conclui Dalcin.


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