Com a COP 2025 prestes a acontecer, cresce a pressão sobre empresas para mostrarem práticas sustentáveis reais, e não apenas discursos bem ensaiados. No universo dos eventos corporativos, essa é uma oportunidade ímpar para criarmos experiências que não só engajam, mas que efetivamente constroem valor de marca e fortalecem a reputação corporativa. É hora de ir além do falar e mostrar o fazer.
Muitos ainda vêem o ESG em eventos como modismo ou burocracia, temendo que limite a criatividade. Acredito, porém, que devemos enxergar o oposto: a inovação sustentável enriquece a experiência. Podemos integrar ESG desde a concepção, selecionando materiais e fornecedores responsáveis e usando tecnologia para minimizar o impacto. Já existem exemplos de ações no mercado que buscam reduzir drasticamente o uso de papel e plástico em convenções com soluções digitais e reutilizáveis, a criatividade não é limitada, ela é instigada a florescer ainda mais.
As empresas precisam se conscientizar de que o impacto de um evento sustentável vai além da pegada ambiental, avaliando o engajamento do público, a percepção de marca e o fortalecimento da reputação. Sim, é possível mensurar o retorno de imagem. Marcas com compromisso genuíno ganham lealdade, recomendação e preferência, refletindo em NPS elevado e maior engajamento.
Um case de referência de inovação com propósito é a Nespresso, que comemorou sua certificação B Corp com um evento lúdico para os colaboradores, com uma letra “B” gigante e espaços interativos que reforçaram o compromisso da marca de forma memorável. Outro exemplo prático que podemos observar é a participação da IBM no Febraban Tech, onde foram desenvolvidos estandes que uniram inovação e sustentabilidade, conquistando prêmios consecutivos de melhor estande. Ações como estas são um verdadeiro divisor de águas, pois demonstram que é possível aliar tecnologia, impacto sensorial e responsabilidade ambiental.
Para posicionar marcas como protagonistas em ESG, devemos apostar na transparência para promover uma comunicação autêntica, evitando sempre quaisquer possibilidades de greenwashing em seus eventos e ativações. Compartilhar práticas, desafios e conquistas com narrativas que evidenciam o impacto positivo. Divulgar dados concretos e resultados verificáveis, fortalecendo, assim, a conexão com o público de forma genuína.
Vejo que o futuro dos eventos ESG será moldado por inteligência artificial para otimização de recursos, dados em tempo real para personalização e novas exigências regulatórias. Para isto, é preciso se preparar investindo em tecnologia, capacitação e parcerias estratégicas, além de estar atento a agendas globais de relevância, como a COP.
À medida que nos aproximamos da COP 2025, é esperado que a pauta ESG assuma protagonismo nas estratégias de comunicação e posicionamento das marcas. A conferência deve estabelecer novas diretrizes globais para eventos sustentáveis, pressionando empresas a irem além de iniciativas pontuais e a estruturarem políticas robustas de impacto positivo. Quem se antecipar agora, adotando práticas ESG de forma genuína e estruturada, não apenas sairá na frente, como será visto como referência nesse novo momento da reputação corporativa.
Sobre Andreza Santana
Andreza Santana, atualmente atua como General Manager na MCM Brand Experience. Possui mais de 20 anos de experiência em marketing, inovação e novos negócios. Com uma carreira marcada por passagens em empresas como Natura, Vivo e Electrolux, além de vivências internacionais na França e EUA, Andreza foi pioneira no e-commerce brasileiro ao atuar no Submarino. Reconhecida por sua visão estratégica, lidera a MCM com foco em inovação e excelência na criação de experiências únicas.
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DANIELA SANTOS ALBUQUERQUE
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