Liderar é agir antes que a necessidade tenha nome

LUIZ VALLOTO
18/09/2025 11h54 - Atualizado há 3 horas

Liderar é agir antes que a necessidade tenha nome
Lity
*Por Richard Kenj 
As mudanças no comportamento do consumidor revelam uma transformação silenciosa que redefine o papel da liderança. Segundo o relatório CX Trends 2025, da Octadesk e Opinion Box, 78% dos clientes estão dispostos a pagar mais por experiências que façam sentido em suas vidas. Esse dado evidencia uma virada importante: tecnologia, produtos, serviços ou recursos sofisticados não bastam; é preciso criar soluções que gerem valor concreto, sejam intuitivas e provoquem impacto real no dia a dia.
Nesse cenário, surge uma reflexão essencial: inovar não é apenas criar, é compreender o que as pessoas precisam antes mesmo que percebam. A verdadeira inovação nasce da capacidade de antecipar necessidades e traduzir sinais do presente em soluções que conectam hoje ao amanhã. É essa leitura sensível do contexto que diferencia líderes que apenas acompanham tendências daqueles que têm coragem de defini-las.

A liderança eficaz também depende da proximidade com aqueles que vivenciam o mercado diariamente. Clientes e parceiros não são apenas destinatários de soluções, mas fontes contínuas de aprendizado e inspiração. Estar atento às suas experiências, desafios e expectativas permite que o líder antecipe necessidades, ajuste estratégias e inove de forma consistente, transformando insights do presente em oportunidades que realmente impactam o futuro. Essa sensibilidade ao que acontece no dia a dia do mercado é, também, a chave para entender as mudanças geracionais e se adaptar a novos comportamentos.
E, falando sobre gerações, o desafio é ainda maior quando olhamos as diferenças entres elas. O líder contemporâneo precisa unir dados, tendências e empatia para transformar expectativas em experiências consistentes. A Geração Z é um exemplo concreto dessa urgência: jovens nascidos entre 1996 e 2010 já apresentam crescente poder de compra e moldam comportamentos digitais em escala global. Segundo a pesquisa McKinsey 2025, até 2035 essa geração adicionará US$ 8,9 trilhões à economia mundial, o equivalente a 8% do PIB de 2024, e seus gastos em vestuário e beleza já crescem o dobro do ritmo observado em gerações anteriores na mesma idade. Entender seus hábitos e motivações é determinante para antecipar tendências e construir estratégias de longo prazo.
Mais do que ocupar uma posição estratégica em uma organização, liderar é interpretar sinais, enxergar possibilidades e transformá-las em oportunidades reais. Isso exige sensibilidade, coragem e, sobretudo, a capacidade de criar conexões que façam sentido. Afinal, a liderança que inspira é aquela capaz de transformar complexidade em clareza e futuro em presente.
*Richard Kenj é diretor comercial da Lity.  
 

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LUIZ FERNANDO VALLOTO
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