Brasil sofre mais de 2.800 ciberataques semanais por organização em agosto

Ciberataques globais seguem em níveis historicamente elevados

JULIANA VERCELLI
11/09/2025 20h56 - Atualizado há 4 horas

Brasil sofre mais de 2.800 ciberataques semanais por organização em agosto
Imagem ilustrativa - Divulgação Check Point Software
A Check Point Research (CPR), divisão de inteligência de ameaças da Check Point Software, divulgou o Relatório Global de Inteligência de Ameaças referente a agosto de 2025. O estudo mostra que organizações em todo o mundo sofreram, em média, 1.994 ataques cibernéticos por semana no período. Apesar de representar queda de 1% em relação a julho, o dado indica aumento de 10% na comparação anual, confirmando que o cenário global permanece em patamar historicamente elevado.

Brasil entre os países mais expostos

No Brasil, a média chegou a 2.822 ataques semanais por organização, alta de 5% em relação ao mesmo mês de 2024. Os setores mais visados foram Governo (4.649 ataques semanais por organização), seguido por Telecomunicações (2.478) e Educação (1.855). Os números reforçam a exposição do país no panorama global e a urgência de medidas preventivas mais robustas contra o avanço do ransomware e de outros ataques digitais.

Setores mais atingidos globalmente
No mundo, a Educação manteve-se como o setor mais atacado, com 4.178 incidentes semanais (aumento de 13% ano a ano), reflexo da crescente digitalização e da baixa maturidade em cibersegurança. As Telecomunicações registraram 2.992 ataques semanais (+28%), destacando sua relevância como infraestrutura crítica. Já a Agricultura apresentou o crescimento mais acentuado, de 101% em um ano, somando 1.667 ataques semanais.

Panorama regional
Entre as regiões, a África liderou com 3.239 ataques semanais por organização, seguida de Ásia-Pacífico (2.877) e América Latina (2.865). A Europa apresentou crescimento de 13% (1.685 ataques semanais), enquanto a América do Norte registrou alta de 20% (1.480), impulsionada pelo avanço do ransomware — com os EUA concentrando 54% de todos os casos globais.

Escalada do ransomware
O ransomware segue como vetor de ameaça altamente disruptivo, com 531 incidentes públicos reportados em agosto (aumento de 14% ano a ano). A América do Norte concentrou 57% dos casos, seguida da Europa (24%). Os setores mais afetados foram manufatura (13,6%), serviços empresariais (11,9%) e construção e engenharia (10,4%). Entre os grupos mais ativos estão Qilin (16% dos ataques), Akira (8%) e Inc. Ransom (6%), este último com foco em saúde e educação.

Especialista reforça urgência de prevenção
“Os ciberataques estão se intensificando tanto em volume quanto em impacto. Educação, telecomunicações e agricultura estão sendo alvos porque são setores essenciais, e os atacantes sabem que a disrupção gera máxima alavancagem”, explica Omer Dembinsky, gerente de Pesquisa de Dados da Check Point Research.

“Com o crescimento do ransomware e a velocidade que a inteligência artificial imprime aos ataques, é imprescindível adotar uma estratégia de prevenção em primeiro lugar, apoiada por IA. Só assim será possível fortalecer a resiliência organizacional e proteger serviços críticos frente a ameaças cada vez mais sofisticadas”, conclui Dembinsky.


 

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JULIANA VERCELLI
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FONTE: https://www.checkpoint.com/pt/
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