Tempo seco e queimadas elevam riscos à saúde: especialistas alertam para cuidados essenciais
Com 157 municípios em risco elevado de queimadas no estado de Goiás, a população deve redobrar os cuidados com a saúde respiratória
KASANE COMUNICAÇÃO
05/09/2025 14h04 - Atualizado há 6 horas
Crédito: Freepik
Tradicionalmente o mês de setembro chega, trazendo o auge do período seco no Centro-Oeste, tornando o cenário especialmente preocupante. A combinação entre temperaturas acima dos 35 °C, baixa umidade relativa do ar, que chegou a 9% em algumas cidades, e o avanço das queimadas, coloca a saúde da população em estado de alerta. Segundo dados do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), 157 municípios goianos estão hoje sob risco elevado de incêndios, e o número de focos de calor já cresceu mais de 150% em agosto, o que demostra a gravidade do momento. A situação exige atenção redobrada em relação à saúde respiratória. De acordo com a pneumologista cooperada da Unimed Goiânia, Dra. Letícia Ferreira Neves Arantes, é preciso manter a hidratação constante, evitar atividades físicas em horários de maior calor e fumaça, e reduzir a exposição ao ar livre sempre que possível. Ambientes internos podem ser umidificados com toalhas úmidas, recipientes com água ou umidificadores, mantendo a umidade entre 40% e 60%. Pessoas com doenças respiratórias crônicas devem seguir rigorosamente seus tratamentos e ficarem atentas a sintomas como tosse persistente, chiado no peito, irritação nos olhos ou garganta. “A prevenção inclui hidratação frequente, controle da umidade do ar em casa, uso de máscaras em áreas com fumaça intensa e a atenção aos sinais de agravamento de doenças respiratórias crônicas. Buscar orientação médica ao menor sinal de desconforto pode evitar complicações mais sérias”, destaca a especialista. Cuidado redobrado com as crianças Além dos adultos, as crianças merecem atenção especial, pois suas vias respiratórias são mais sensíveis e reagem mais rapidamente à baixa umidade e à fumaça. Elas podem apresentar crises de asma, rinite ou bronquiolite, além de maior risco de infecções respiratórias. A pneumologista pediátrica cooperada da Unimed Goiânia, Dra. Nathalia Alfaix reforça: “É importante observar sinais de alerta como obstrução e/ou sangramento nasal, tosse persistente, respiração acelerada, irritabilidade e dificuldade para dormir. Nesses casos, a recomendação é procurar avaliação médica imediatamente”, orienta. Nathalia ainda explica que manter as crianças bem hidratadas e evitar exposição em horários de maiores temperaturas e poluição são medidas simples, mas que fazem grande diferença para proteger a saúde infantil durante este período crítico. “É importante fazer passeios em locais mais arejados, com natureza ao redor e em horários com sol mais ameno, e nunca esquecer da lavagem nasal, para hidratar e limpar as vias aéreas”. Além da respiração: cuidados com a pele durante o tempo seco
Os impactos deste período não se restringem somente à saúde respiratória, já que a pele também exige atenção especial. A baixa umidade do ar e a exposição à fumaça e à poeira aumentam o risco de ressecamento, irritações, coceira e sensibilização cutânea, principalmente em crianças e pessoas com pele sensível ou condições dermatológicas preexistentes. Adotar hábitos de proteção e hidratação auxiliam a preservar a saúde da pele durante esses meses críticos.
A dermatologista cooperada da Unimed Goiânia, Dra. Petra Sousa, salienta que, durante o período seco e com a presença de fumaça, a pele sofre alterações significativas em da exposição às partículas liberadas pelas queimadas, que a deixam mais vulnerável ao ressecamento, à irritação e à sensibilidade, podendo agravar quadros de dermatite e eczema.
“É fundamental manter a pele bem hidratada, utilizar sabonetes syndet (um tipo de sabonete que possui o pH mais próximo ao da pele) e evitar banhos muito quentes, bem como o uso de esponjas de banho. O uso diário de protetor solar continua sendo importante mesmo em dias nublados, e beber água regularmente contribui para a hidratação interna. Caso surjam irritações persistentes, coceira intensa ou vermelhidão, a orientação médica deve ser procurada para prevenir complicações”, conclui.
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CAROLINA OLIVEIRA DE ASSIS
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