Quando pensamos em obesidade, é comum associar a questão apenas ao que está no prato ou ao número que aparece na balança. Mas, na prática, o excesso de peso quase nunca se resume a escolhas alimentares. Ele carrega em si histórias, marcas emocionais e silêncios que, muitas vezes, se escondem atrás de cada refeição.
“A obesidade não é apenas o reflexo do que comemos, mas também daquilo que carregamos dentro de nós. É o peso das noites mal dormidas, das palavras engolidas, das dores não ditas”, explica a endocrinologista Dra. Carolina Mantelli.
Por trás do corpo que se vê no espelho, existem lutas, tentativas, resistências. Cada quilo a mais pode revelar um pedido de ajuda não ouvido, uma forma de se proteger do mundo ou mesmo uma armadura invisível diante das dificuldades.
Essa visão amplia o cuidado: não basta apenas olhar para a alimentação. É preciso acolher a mente, as emoções e os sentimentos que se escondem por trás da relação com a comida.
“Temos que cuidar da mente com o mesmo zelo com que se cuida da alimentação. É permitir-se sentir, em vez de silenciar. É buscar apoio, em vez de carregar tudo sozinho”, reforça a médica.
A obesidade, portanto, não deve ser vista como um fracasso individual ou falta de disciplina, mas como um conjunto de fatores biológicos, emocionais e sociais que precisam de atenção. O caminho da transformação começa quando entendemos que cuidar do corpo também é um ato de compaixão consigo mesmo.
“Quando acolhemos as emoções e ressignificamos nossa relação com a comida, abrimos espaço para viver de forma mais leve, plena e verdadeira”, completa Dra. Carolina Mantelli.
A jornada pode ser desafiadora, mas não precisa ser solitária. Apoio médico, psicológico e familiar fazem toda a diferença para transformar não apenas a relação com a alimentação, mas também com a vida.
Fonte: Assessoria de Imprensa.