O médico e escritor Maurício Mendes marca sua estreia na literatura com o lançamento de O homem não foi feito para ser feliz (Mondru, 184 págs.). A obra já teve eventos de lançamento durante a Flip 2025, a Festa Literária de Limoeiro do Norte e na cidade natal do autor, Fortaleza, e agora será lançada na Feira Literária do Eusébio, no domingo 7/9, no Shopping Eusébio (Av. Eusébio de Queiroz, 1890 - Tamatanduba), na cidade de Eusébio, no Ceará. No mesmo dia, das 16h às 17h, Maurício participará de uma mesa sobre literatura cearense contemporânea mediada pelo autor e criador do Pacote de Textos, Rafael Caneca, e com a presença das autoras Rhaina Ellery e Glória Diógenes.
Narrado em primeira pessoa, o romance acompanha Germano, um médico pardo cuja trajetória de ascensão social revela frustrações afetivas, cinismo e um profundo sentimento de inadequação diante de uma sociedade marcada por racismo, misoginia e hipocrisia. A obra conta com textos de blurb e prefácio assinados pelo escritor Santiago Nazarian, segundo blurb por Evelyn Blaut, escritora, crítica literária e diretora do Centro Cultural Astrolabio e terceiro blurb da escritora Natércia Pontes.
“Optei por uma estrutura fragmentada e não linear, entrelaçando flashbacks e conduzindo a narrativa por meio de um narrador-personagem falho e contraditório. Ele se expressa através de depoimentos, diálogos e metáforas, explorando elisões, fluxo de consciência e passagens oníricas”, explica o autor, que define seu estilo como “contemporâneo, irônico, reflexivo, ácido e, paradoxalmente, sensível”.
Para Mendes, que escreve desde a adolescência, a publicação do romance nasceu do medo de que antigas histórias guardadas jamais fossem lidas. “Tive medo que tudo terminasse ali e essas histórias nunca pudessem ser lidas. Foi o evento catalisador para, enfim, dedicar-me a concluir meus projetos literários: o medo do esquecimento.”
Com forte carga crítica, a obra aborda solidão, masculinidade, mercantilização da saúde e racismo. “Sim, trata-se de um romance com forte crítica social, mas não se reduz a isso. Sim, flerta com o sentido e a utilidade da existência, mas vai além. Sim, expõe as entranhas da fragilidade e da misoginia do homem moderno, mas não se resume a essa questão. E claro, é também, uma história de amor, mas nunca apenas isso.”
A complexidade do livro chamou a atenção do escritor Santiago Nazarian:
“Através de um personagem falho e misógino, Maurício Mendes reflete muito sobre a relação homem-mulher e as utopias dos relacionamentos. Pautas tão em voga quanto emancipação feminina e racismo são tratadas de maneira original e mordaz, com um excelente apoio de grandes obras da literatura.”
Nascido em Fortaleza em 1970, Maurício Mendes é médico nuclear com mais de 25 anos de atuação na área. À margem da idealização, seu narrador revela as fissuras de um mundo onde o sucesso profissional não garante plenitude emocional — e onde a crítica social é, acima de tudo, uma busca por sentido. “Escrevo sobre temas que me são próximos, como a questão racial e a mercantilização da saúde, ou outros, tão distantes de mim que me causam assombro e fascínio.”
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AGENDA
O que: Lançamento do livro “O homem não foi feito para ser feliz” na Feira Literária do Eusébio
Quando: 7/9, domingo
Horário da roda de conversa: das 16h às 17h
Onde: Shopping Eusébio - Av. Eusébio de Queiroz, 1890 - Tamatanduba, Eusébio, CE
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ANA LAURA FERRARI DE AZEVEDO
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