Presente de Deus

Emergência Climática

3 Min

Renato Nalini

01/09/2025 17h46 - Atualizado há 5 horas

Domínio Público

O avanço e o agravamento das emergências climáticas é uma evidência que não pode ser ignorada. O negacionismo arrefeceu ao constatar que os fenômenos extremos continuaram a ocorrer em todo o planeta e também aqui perto de nós.
Algo que deveria levar as pessoas a colocarem na agenda de suas preocupações esse tema, é a concepção de natureza como dádiva divina. O mundo, para os que têm crença, foi criado por um Ser Superior que se dedicou à sua formatação gradual. Concedeu maior parcela de sua criatividade ao ambiente. Basta acompanhar o relato do Gênesis para verificar o quão cuidadoso foi o Criador em relação aos componentes do Universo. A última etapa foi a criação do ser humano.

            Por isso, os humanos têm uma responsabilidade acrescida em relação ao ambiente. É um valioso acervo de recursos materiais postos à disposição das criaturas racionais, que se serve dele para viver e sobreviver e que devem devolvê-lo em perfeitas condições de fruição para as futuras gerações.
            Todas as confissões religiosas deveriam cuidar do ambiente com o carinho que as criaturas e obras de Deus merecem. Neste ano de 2025, em que o Brasil terá uma COP30, pela primeira vez em nossa nação, é o momento ideal para que cada qual reflita e faça aquilo que for possível para a regeneração da natureza ferida. Economizar água, produzir menos resíduo sólido, plantar mais árvores. Sobretudo, fazer o plantio de espécies arbóreas que contribuem para reduzir a temperatura, equilibrar o regime de chuvas, reabastecer os lençóis freáticos, propiciar sombra e abrigo para a fauna silvestre, embelezar a cidade.
            Pensemos nisso para não sermos inquilinos ingratos, infiéis, verdadeiros traidores do generoso empréstimo divino.

*José Renato Nalini é Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.

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LUCIANA FELDMAN
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