A Cia. São Jorge de Variedades decidiu olhar para trás sem perder o compasso da música. Depois de mais de duas décadas ocupando ruas, teatros e imaginários com seus espetáculos, o coletivo paulistano agora transforma sua própria trajetória em um show. São Jorge Canta Sua História reúne as canções que atravessaram peças emblemáticas do grupo e que, com o tempo, se tornaram também parte da memória afetiva de quem acompanhou sua caminhada.
A festa acontece em setembro, com apresentações gratuitas em quatro palcos da cidade: Teatro Paulo Eiró (3/9), Teatro de Arena Eugênio Kusnet (21/9), Teatro Cacilda Becker (24/9) e Teatro de Contêiner Mungunzá (29/9). Sob a direção musical de Lincoln Antonio e direção cênica de Georgette Fadel e Paula Klein Flecha Dourada, o show é um reencontro entre artistas e público, mas também entre passado e presente da companhia. “A música sempre esteve na nossa veia criativa. Nunca fizemos um espetáculo sem ela, então nada mais natural do que chamar o público para celebrar essa história cantada”, comenta Georgette.
O repertório é um mergulho em memórias que não envelhecem. Estão lá canções de montagens como Biedermann e os Incendiários – Rádio SP, As Bastianas, O Santo Guerreiro e o Herói Desajustado, Quem não sabe mais quem é, o que é e onde está, precisa se mexer e Barafonda, além de músicas de Festa dos Bárbaros, espetáculo mais recente da trupe. Entre elas, composições como Quero ser uma Máquina, Inflamável, Ó da Rua e Eu sou o cavaleiro que São Jorge abençoou.
Mais do que uma retrospectiva, o show funciona como um rito coletivo: um convite para cantar junto, rememorar e reativar o sentido comunitário da arte. Afinal, a Cia. São Jorge nasceu, em 1998, da ideia de criar teatro como quem compartilha um ritual — cruzando ética, política, festa e poesia. Em seus 25 anos, já levou espetáculos para ruas inteiras da Barra Funda, conquistou prêmios importantes como o Shell, e construiu uma identidade que não se limita ao palco, mas se conecta com a cidade e com lutas sociais.
Agora, ao transformar essa trajetória em música, o grupo reafirma que sua história é também canção: uma canção feita de encontros, memórias e resistência.
As apresentações integram o Festival Em Boa Companhia, projeto da Companhia Ensaio Aberto para produção e circulação de espetáculos, contemplado pelo Termo de Fomento Funarte TransfereGov nº 934254/2022, celebrado entre o Instituto Ensaio Aberto, o Ministério da Cultura e a Fundação Nacional das Artes. Os recursos desse projeto vêm de direcionamento de emendas parlamentares impositivas dos deputados federais Orlando Silva e Talíria Petrone.
Serviço:
São Jorge Canta sua História
Com a Cia. São Jorge de Variedades
100 minutos | Livre | Gratuito (ingressos distribuídos uma hora antes na bilheteria).
3 de setembro, quarta-feira, 21h.
Teatro Paulo Eiró – Av. Adolfo Pinheiro, 765 – Santo Amaro, São Paulo.
21 de setembro, domingo, 20h.
Teatro de Arena Eugênio Kusnet – Rua Dr. Teodoro Baima, 94 – Vila Buarque, São Paulo.
24 de setembro, quarta-feira, 21h.
Teatro Cacilda Becker – Rua Tito, 295 – Lapa, São Paulo.
29 de setembro, segunda-feira, 20h.
Teatro de Contêiner Mungunzá – Rua dos Gusmões, 43 – Santa Ifigênia, São Paulo.
Ficha técnica:
Direção – Georgette Fadel e Paula Klein Flecha Dourada. Direção Musical – Lincoln Antonio. Artistas Criadores e Banda – Alexandre Krug, Ana Petta, Antonia Mattos, Carlota Joaquina, Dárcio de Oliveira, Fagundes Emanuel, Fernanda Machado, Georgette Fadel, Jonathan Silva, Lincoln Antonio, Luís Mármora, Nina Blauth, Paula Klein Flecha Dourada, Patrícia Gifford e Ricardo Zoyo. Iluminação e Operação de Luz – Julia Zakia. Técnico de Som – Duda Gomes. Produção Executiva – Laura La Padula. Assistente de Produção – Guira. Assessoria de Imprensa – Nossa Senhora da Pauta. Identidade Visual – Sato do Brasil.
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FREDERICO PAULA JUNIOR
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