Longe de ser apenas uma questão estética ou de saúde física, o excesso de peso carrega consigo um fardo psicológico significativo, afetando a autoestima, a sociabilidade e o bem-estar emocional de milhões de pessoas. Um estudo realizado no Centro Médico da Universidade de Leiden, na Holanda, revelou que a obesidade aumenta em 55% o risco de depressão em pessoas anteriormente não depressivas.
Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental e em transtornos alimentares, Viviane explica que a obesidade pode gerar um ciclo de dor emocional difícil de romper. “O paciente internaliza discursos de fracasso, vergonha e inadequação. A autoestima fica abalada, a motivação é reduzida e, muitas vezes, a alimentação se torna uma válvula de escape emocional”, afirma. Segundo ela, o estigma social intensifica esse quadro, dificultando ainda mais o acesso ao cuidado e o engajamento no tratamento.
A terapeuta defende uma abordagem integrada, que considere tanto os aspectos físicos quanto os mentais no processo de emagrecimento. “Sem apoio psicológico, o tratamento da obesidade tende a ser superficial e insustentável. É preciso entender os gatilhos emocionais por trás dos comportamentos alimentares para que mudanças duradouras aconteçam.”
Além das questões individuais, Viviane também alerta para os impactos coletivos do preconceito. “A gordofobia está naturalizada. Comentários velados, olhares, exclusões sutis no ambiente de trabalho ou nos relacionamentos têm efeitos devastadores sobre a saúde emocional dessas pessoas.”
Com 20 anos de experiência clínica, Viviane desenvolveu uma metodologia própria para o tratamento da compulsão alimentar e do comer emocional. Seu trabalho se concentra especialmente no atendimento de mulheres que enfrentam não apenas a obesidade, mas também quadros graves de transtornos mentais associados à autoimagem e ao histórico de dietas fracassadas.
Acompanhe o trabalho de Viviane Nascimento no Instagram: @psi.vivianenascimento
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MARIA JULIA HENRIQUES NASCIMENTO
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