O que o case do morango do amor pode ensinar sobre estratégias bem-sucedidas de vendas

O mentor empresarial Luis Namura auxilia empreendedores que já se preparam para lucrar nas vendas de final de ano.

PATRíCIA LIMA
22/08/2025 17h49 - Atualizado há 9 horas

O que o case do morango do amor pode ensinar sobre estratégias bem-sucedidas de vendas
Divulgação
Estamos a quatro meses do Natal e quem trabalha no varejo já corre contra o tempo para planejar as melhores estratégias de vendas. E mesmo diante de tanta repercussão na imprensa e redes sociais, muitos ainda estão intrigados com o sucesso do morango do amor. Será que estamos diante de um hype momentâneo ou teremos desdobramentos? É possível aplicar parte dessas estratégias em outros negócios? 
Para responder esses e outros questionamentos, nada melhor do que ter a sábia visão de um mentor empresarial que traz na bagagem a fundação de 15 empresas e a implantação de mais de 300 negócios ao longo de sua carreira, Luis Namura.
Para refrescar a memória, essa trend ganhou força em julho, quando o morango do amor virou febre na internet. O doce, feito com uma camada de brigadeiro branco envolvendo o morango e coberto por uma calda vitrificada de açúcar vermelha, que remete à tradicional maçã do amor das festas juninas rapidamente se tornou querido por todos com vídeo viralizado nas redes sociais.

O doce é vendido pelo valor médio de R$ 20,00 na maioria das confeitarias, mas logo surgiu versão de luxo custando mais de R$ 2 mil. Marcas de cosméticos, roupas e acessórios pegaram carona na trend, relançando produtos (ou apenas colocando para girar peças encalhadas) sobre o tema, e teve até comerciante saindo da falência. Namura explica o porquê desse fenômeno de vendas:
“O boom do Morango do Amor mostrou que não é só sobre vender um produto, é sobre vender uma experiência que as pessoas queiram fazer parte. Para o Natal, o raciocínio é o mesmo. No seu negócio, descubra qual é aquele elemento que transforma a experiência e desperta o desejo imediato. Pode ser uma embalagem que vire enfeite, um sabor que remeta à infância ou uma ação que gere compartilhamento nas redes sociais. A vantagem do Natal é poder planejar antes do pico! Encontre qual é o momento “uau” que vai fazer o cliente querer mostrar para todo mundo e já prepare o estoque e o fôlego porque vai vender que nem água no deserto”, explica.
Namura afirma que o boom do morango do amor ocorreu por conta de uma estratégia muito bem desenhada que se traduz em uma combinação poderosa de oportunismo com velocidade:
“Quando uma trend como o Morango do Amor explode, o que vemos é gente inteligente entendendo que não está vendendo só um doce, mas participando de uma conversa nacional. E conversa boa nas redes sociais é como onda no mar: quem entra na hora certa surfa bonito, quem demora toma caldo. Não é sorte, é visão: identificar um movimento de massa, alinhar rapidamente o que você tem a ele e contar essa história de forma que o público sinta que está dentro da trend”, pontua.
Quando uma oportunidade tão lucrativa chega até uma maioria, a tendência é copiar para conseguir resultados satisfatórios, mas teve muita gente que apelidou o doce famosinho de “morango do ódio” porque perdeu tempo na cozinha tentando fazer a receita sem sucesso. Namura concorda que a persistência pode ser um gatilho para se criar algo novo:
“Na cozinha ou nos negócios, a primeira tentativa raramente é perfeita e é exatamente nesse processo de errar, ajustar e tentar de novo que surgem as inovações. No mundo dos negócios, a perseverança/persistência não é só um gatilho, é combustível. Sem ela, você não chega na solução final. É como eu sempre digo: a inteligência é uma luz que ilumina o caminho, mas é a perseverança que leva você ao destino!”, diz.
Namura alerta que toda tendência corre o risco de ser passageira, mas o morango do amor já mostrou força pra virar mais que uma modinha, pelo menos por um bom tempo, e indica o caminho para quem deseja apostar:
“O que define se vai ser só uma moda ou um case duradouro é a capacidade de criar desdobramentos: variações de receita, produtos inspirados na estética, parcerias com outros setores e uso inteligente da marca como símbolo. Quem entender que o doce é só a “ponta do iceberg” e trabalhar o universo que ele representa, como fizeram com o panetone gourmet, que virou negócio o ano todo, pode transformar essa onda em correnteza constante”,
Alguns estudiosos acreditam que, dentro de um cenário nebuloso e crise na economia, um doce pode servir de alento e estimular o consumo da população. Namura também faz parte desse time e revela seu ponto de vista com propriedade:
“Em tempos de incerteza e crise, as pessoas buscam refúgio em coisas que transmitam segurança emocional. Um doce que remete à infância e a bons sentimentos ativa memórias afetivas que dão conforto e prazer instantâneo.Historicamente, em períodos difíceis, produtos que oferecem pequenas doses de prazer (os chamados affordable luxuries) tendem a crescer. Em um cenário nebuloso, vender afeto em forma de produto é, muitas vezes, mais poderoso do que vender apenas utilidade”, finaliza.

Confeiteira parceira do albert confirma o sucesso do morango do amor
A proprietária da confeitaria BonCherie, Márcia Fulas, aproveita o bom momento do morango do amor para ampliar sua clientela em São José dos Campos. Apesar do carro-chefe da empresa ser o brownie, se aventurou a aprender a receita que teve uma aceitação ótima e chegou a comercializar cerca de 40 unidades por dia. Além de disponibilizar na loja, oferece também o produto no iFood e os preços variam entre R$ 15,00 e R$ 20,00, dependendo do tamanho do morango.
Segundo Márcia, a novidade teve a função de atrair outros paladares, já que a confeitaria ainda é nova na cidade:
“O Morango do amor não fazia parte do meu cardápio. Eu não trabalhava nada com caramelo, que é aquela casquinha do morango, então, foi um desafio bem grande. Como proprietária de confeitaria artesanal, a gente sempre tem que aproveitar o momento em que algum produto está em evidência para ser mais conhecida pelas pessoas,  pois pode ser o primeiro passo para entrar na casa de alguém e um cliente se interessar em conhecer o que mais você tem a oferecer", explica.
Além de ser bastante ativa nas redes sociais, a empreendedora conta com o reforço das ferramentas do albert, que estão auxiliando bastante nesse momento de crescimento: “Nessa busca por tentar ser mais conhecida na região, eu fui atrás de ferramentas para me ajudar a crescer e me deparei com o albert em uma propaganda no Instagram que me chamou bastante atenção. Já tinha testado outros sistemas anteriormente, mas não fluiu. Eu gosto de coisas muito práticas, até porque sou eu que faço tudo, e eu achei uma ferramenta muito legal, atrativa, fácil e intuitiva de usar. E o que eu achei mais bacana foi que até quando você resgata o cashback, você ganha mais cashback. Eu pensei: Isso daqui é demais, porque eu como consumidora ia amar uma loja que me oferecesse um benefício como esse”, diz entusiasmada Márcia.
 

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MARCOS ROBERTO DE SIQUEIRA LIMA
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