Grupos temáticos colaboram no processo reflexivo de jovens da Fundação CASA na capital paulista

Iniciativa de agente educacional do CASA São Paulo utiliza rodas de conversa e recursos audiovisuais para discutir cidadania e responsabilização na medida socioeducativa

CAMILA SOUZA
19/08/2025 19h19 - Atualizado há 5 horas

Grupos temáticos colaboram no processo reflexivo de jovens da Fundação CASA na capital paulista
Divulgação/Fundação CASA
A medida socioeducativa é multidimensional e uma destas dimensões é o processo reflexivo pelo qual o adolescente que cometeu o ato infracional precisa passar, ponderando sobre a prática que teve e reconhecendo a sua responsabilidade. Assim é o trabalho realizado pela equipe multiprofissional da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), entidade vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania.

Desde o começo deste ano, para auxiliar nesse processo, os adolescentes atendidos no CASA São Paulo, na cidade de São Paulo, têm participado frequentemente de grupos temáticos, criados pelo agente educacional Francisco Kokão. O profissional promove rodas de conversa de segunda à sexta, em diferentes turmas, com uma hora e meia de duração, utilizando ferramentas audiovisuais e debatendo princípios importantes sobre cidadania, responsabilidade e responsabilização.


Os grupos ajudam a fomentar um ambiente de aprendizado que valoriza a escuta, o respeito e a empatia, desenvolvendo habilidades essenciais para a convivência em sociedade. Eles ainda contribuem para a construção de um conhecimento que respeite e valorize a diversidade cultural e social presentes no cotidiano de cada um dos adolescentes participantes.

O agente educacional sempre inicia a roda de conversa do grupo com uma frase reflexiva, que dialogue com a realidade dos adolescentes. Para atrai-los, usa como recursos vídeos e canções de rap cujas letras provoquem a imersão sobre as causas que levou o jovem à privação de liberdade. Já foram discutidos nos grupos temas como responsabilização, drogadição, ensino público, mundo do trabalho, família e sonhos.

A cada temática, os jovens são convidados a participar ativamente no espaço de reflexão crítica e criativa, com base nas próprias vivências e respeitando as experiências de seus pares.

“Todo tema abordado tem como foco principal a medida socioeducativa”, explica o agente educacional. “Os adolescentes vêm aderindo bastante aos encontros, pois temos conversas francas, em que busco leva-los a ter novos olhares, para que encarem e reflitam sobre o momento transitório que estão passando na internação”, completa Kokão.

De acordo com a diretora do CASA São Paulo, Adriana Rogéria da Silva, a iniciativa já apresenta resultados. “Os encontros vêm sendo bastante significativos e temos percebido paulatinamente uma melhora no ambiente do centro de atendimento”, afirma a diretora.

Para a presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto, cada ação realizada pelos servidores da equipe multiprofissional impacta diretamente na execução da medida socioeducativa. “O profissional é o agente condutor, que pode instigar o adolescente atendido a passar por uma análise reflexiva quanto à sua responsabilização na prática do ato infracional, levando-o a reconhecer sua responsabilidade e a pensar em como traçar estratégias para não cometer o mesmo erro ao retornar ao convívio em sociedade”, avalia a presidente.

Sobre a Fundação CASA
A Fundação CASA aplica medidas socioeducativas conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). Atendendo jovens de 12 a 21 anos incompletos em São Paulo, a Fundação executa medidas de privação de liberdade e semiliberdade, determinadas pelo Poder Judiciário, garantindo os direitos previstos em lei, pautando-se na humanização, e contribuindo para o retorno do adolescente ao convívio social. Mais informações em: https://fundacaocasa.sp.gov.br/.

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CAMILA APARECIDA DE SOUZA
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