De olho no ENEM: confira os principais autores do Modernismo, estética literária muito presente no primeiro dia de prova

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Com a proximidade do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), aumenta aquele ‘frio na barriga’ de que os estudos não foram suficientes. Para auxiliar os alunos em pontos chaves e direcioná-los da melhor forma nessa reta final, o professor de literatura Victor Hugo, das Escolas IDAAM, da Inspira Rede de Educadores, trouxe um olhar especializado sobre os principais escritores brasileiros do século XX, que costumam ser abordados na prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. 

O ENEM deixou de ser apenas um exame de vestibular e traduz atualmente uma leitura da sociedade, cobrando cada vez mais interpretação crítica de textos, trechos literários e contextos sociais, conforme a determinação da Matriz de referência ENEM. “Um dos papéis da escola é apostar em abordagens que ampliam o repertório e melhor preparam os estudantes para a vida. Por isso, a cada prova, a literatura escolhida tende a indicar questões enraizadas em nossa sociedade e quais vozes deverão ser amplificadas no debate educacional”, explica Victor Hugo.

A seguir, um compilado de temas e autores que costumam aparecer na prova, além de dicas sobre como interpretar suas obras e de que forma usá-las para conquistar uma boa nota em Linguagens e na redação:

Autores que ampliam o repertório 

Em uma análise geral e com base nas provas realizadas entre os anos de 2016 e 2024, percebe-se que os seguintes autores são mais recorrentes e podem auxiliar os estudantes em contexto e repertório:

• Machado de Assis: um dos autores mais citados, pela ironia e pela profundidade psicológica de seus textos.
• Carlos Drummond de Andrade: outro autor que tem presença forte na prova por seus poemas,  pois problematizam o indivíduo moderno e as tensões sociais.
• Clarice Lispector: escritora e jornalista brasileira, cuja linguagem introspectiva e experimental é uma constante nas questões.
• José de Alencar: representante do Romantismo brasileiro, o autor transborda conhecimento e insights sobre a formação da identidade nacional e das paisagens literárias brasileiras.
• Oswald de Andrade: ícone da primeira fase do Modernismo, o autor tem forte presença poética e é referência ao criticar esteticamente as tradições europeias.

Contudo, vale ir além e adquirir conhecimentos correlatos acerca das peculiaridades do “momento” modernista, principalmente o contexto histórico, cultural e econômico, uma vez que são fundamentais para a compreensão das motivações dos autores. Dessa forma, também merecem atenção alguns autores contemporâneos, como Itamar Vieira Júnior, Lygia Fagundes Telles, Nelson Rodrigues, Manoel de Barros e Luís Fernando Veríssimo, que elucidam representações da vida cotidiana, usam linguagem inovadora e práticas intertexto-culturais modernas, especialmente na literatura após 1960.

Também é importante saber as singularidades das literaturas indígena e afro-brasileira porque são elementos constituintes da formação identitária cultural do país. “Além dos clássicos e tradicionalmente conhecidos, o ENEM já apresentou trechos de autores como Daniel Munduruku e Eliane Potiguara, vozes que agregam visões diferentes, as quais enriquecem a leitura crítica do Brasil”, conta Victor Hugo.

Dicas para se preparar para o primeiro dia de ENEM

O professor reconhece que o campo do conhecimento é muito vasto, e a pressão para o primeiro dia de prova (Linguagens, Humanas e Redação) pode inibir o estudante de buscar conhecimentos além da sala de aula. Mas, para ajudar os vestibulandos a vencerem esse desafio de forma mais confiante, ela compartilha orientações valiosas que podem fazer a diferença. Segundo o educador, é importante não apenas acumular conteúdo, mas construir um repertório completo, com estratégias de estudo, distribuição de horários, resolução de provas anteriores e mapas mentais. Confira:

• Estudar o contexto literário com o histórico e o viés social em linha cronológica. Entender o que cada parte diz ou incide sobre o todo.
• Reconhecer as principais escolas literárias, do Barroco ao Pós-modernismo, e listar suas características principais. “Aqui, os recursos associativos de imagem de cada época e alguns filmes podem ajudar”, reforça.
• Interpretar cada estilo narrativo e seus trechos existenciais ou urbanos, com foco na subjetividade moderna – o que cada estilo ou narrativa quis ‘dizer’ no passado e ainda ‘fala’ nos tempos atuais?
• Ler fragmentos representativos, em especial poesias modernistas e prosas contemporâneas.
• Simular provas com foco em análise de texto literário, figuras de linguagem, interdiscursividade, funções da linguagem, características de gênero e tipologia textual e intertextualidade.

“A proximidade da fase de vestibulares assusta, já que a pressão das provas e do que cada um pretende ser ou trabalhar fica cada vez maior. Mas com leveza, foco e estratégia, é totalmente possível encarar e se sair bem”, finaliza Victor Hugo.

Sobre a Inspira Rede de Educadores 
A Inspira Rede de Educadores está entre as maiores redes de educação básica privada do país, com mais de cem escolas distribuídas em mais de 18 estados e no Distrito Federal. Sob o comando de um renomado time de educadores, que somam décadas de experiência no setor, a rede busca trazer para o grupo escolas de excelência e forte reputação, mas sempre preservando os projetos pedagógicos e o legado de cada uma. Em 2024, seus alunos conquistaram 8309 premiações olímpicas. Além disso, ao aplicar o Pisa-S (Pisa for Schools) em suas marcas para comparar o desempenho com o Pisa mundial, teve resultados similares com os dos melhores países do mundo. Todas as escolas da Inspira ficaram acima da média Brasil. No Enem, a rede conta com escolas mais bem colocadas em diversas regiões, entre elas Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, entre outras.

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Lucas Leite de Assis
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