Combate à leishmaniose, estudo propõe tratamento promissor
Pesquisa mostra que substância derivada da baunilha foi eficaz contra o parasita dentro das células humanas
MARCUS PESSOA
18/08/2025 15h20 - Atualizado há 3 horas
Divulgação
Em agosto, o Brasil se mobiliza no controle e combate à leishmaniose, com ações voltadas à conscientização, prevenção e enfrentamento da doença. Globalmente, a leishmaniose está entre as dez principais doenças tropicais negligenciadas, com mais de 12 milhões de pessoas infectadas, segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde.
A leishmaniose é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito-palha e possui prevalência em regiões tropicais e de menor infraestrutura sanitária. No Brasil, existem sete espécies de leishmanias envolvidas nas ocorrências e, diante desse cenário, pesquisadores têm buscado opções para o tratamento da doença.
Um estudo colaborativo entre professores de diferentes instituições, inclusive docentes da Afya Unigranrio Barra, no Rio de Janeiro, identificou que um composto derivado da vanilina, substância natural responsável pelo aroma de baunilha, tem potencial para se tornar um novo tratamento contra a leishmaniose. O composto não apresentou efeitos tóxicos para as células saudáveis, o que aumenta consideravelmente sua viabilidade para uso em tratamentos.
Entre 22 substâncias analisadas, o destaque foi para o composto 4b, que se mostrou eficaz na eliminação do parasita Leishmania braziliensis, mesmo quando ele já estava alojado dentro das células humanas.
A pesquisa usou técnicas avançadas de modelagem molecular para entender como o composto age, e os resultados mostraram que ele interfere em uma enzima essencial para o parasita sem afetar as células humanas.
"Um grande passo foi o fato de o composto atingir especificamente o parasita sem interferir em vias metabólicas humanas, o que é um diferencial importante em termos de segurança. Nosso objetivo é contribuir com alternativas que sejam mais eficazes, seguras e acessíveis para a população”, destaca Wallace Pacienza, coordenador do curso de Biomedicina da Afya Unigranrio Barra e coautor da pesquisa.
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, se não tratadas, as formas cutânea e mucosa difusa da Leishmaniose podem causar deformidade e desfiguração, e a forma visceral pode causar a morte em mais de 90% dos casos não tratados.
O especialista da Afya Unigranrio reforça que o diagnóstico é essencial para estabelecer o tratamento específico, limitar a evolução da doença, aliviar os sinais e sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Sobre a Afya A Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo "Valor Inovação" (2023) como a mais inovadora do Brasil, e "Valor 1000" (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio "Executivo de Valor" (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 - Saúde e Bem-Estar. Mais informações em http://www.afya.com.br e ir.afya.com.br.
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Marcus Vinicius Querne Pessoa
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