O peso invisível da perfeição: Por que a ansiedade atinge tantas mulheres?

Arquivo pessoal

As mulheres foram ensinadas a acreditar que a perfeição é a chave para o sucesso e a felicidade. No trabalho, em casa, e até mesmo na aparência, a busca incessante pelo ideal pode parecer um caminho virtuoso. No entanto, o que a sociedade muitas vezes celebra como "perfeccionismo" pode, na realidade, ser um fardo pesado, disfarçado de virtude, que alimenta uma epidemia silenciosa: a ansiedade.

Segundo o psicanalista clínico Carlos Almeida, o perfeccionismo não é sinônimo de competência. Em vez disso, ele pode ser um reflexo de traumas, dores emocionais não resolvidas, ou até mesmo um esforço desesperado para atender a expectativas irreais. "O perfeccionismo pode ser um mecanismo de defesa de experiências passadas de muita crítica e rejeição", explica Almeida. "Isso pode levar a um esforço esgotante por medo de não agradar e de se sentir invalidada."

A ansiedade em números: Um cenário preocupante

A prevalência da ansiedade entre mulheres é alarmante. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de outras pesquisas mostram que mulheres são desproporcionalmente afetadas por transtornos de ansiedade. Um estudo da Global Burden of Disease (GBD) de 2019, publicado na revista The Lancet, revelou que os transtornos de ansiedade estavam entre as dez principais causas de incapacidade globalmente, sendo mais prevalentes em mulheres.

No Brasil, a situação é ainda mais grave. O país foi apontado como o mais ansioso do mundo. Em 2023, o relatório da Ipsos Global Health Service Monitor mostrou que a saúde mental é a principal preocupação de saúde para 51% dos brasileiros, à frente de doenças como câncer e COVID-19.

O papel das redes sociais e as exigências da sociedade

A necessidade de perfeição é um ciclo vicioso, exacerbado pelas redes sociais e pelas expectativas sociais. Carlos Almeida aponta que as redes sociais criam uma cultura de comparação, onde a vida dos outros parece sempre perfeita, levando a sentimentos de inadequação.

"A sociedade impõe expectativas irreais de perfeição às mulheres, especialmente em relação à aparência, ao comportamento e ao desempenho", afirma Almeida. A pressão para apresentar uma imagem idealizada nas redes sociais pode levar à ansiedade e ao estresse.

Além disso, a exposição constante a um fluxo de notícias e comentários negativos, o risco de ciberbullying, e o isolamento social decorrente do uso excessivo das plataformas digitais contribuem para o agravamento dos sintomas.

Sinais de alerta: Quando a ansiedade pede ajuda

Identificar quando a ansiedade está se agravando é crucial para buscar ajuda profissional a tempo. Carlos Almeida destaca alguns sinais de alerta:

• Aumento da frequência e intensidade dos sintomas: Se a ansiedade está mais presente e forte.
• Dificuldade de controlar pensamentos e sentimentos: Quando a mente parece ter vida própria, dominada pela preocupação.
• Impacto na vida diária: Se a ansiedade começa a atrapalhar o trabalho, a escola ou os relacionamentos.
• Sintomas físicos: Dores de cabeça, dores no estômago, palpitações — o corpo também fala.
• Sentimentos de desespero ou desamparo: A sensação de que não há saída ou solução.

Buscando o caminho para o bem-estar

Almeida, com sua vasta experiência como psicanalista, especialista em neurociência e TDAH, e como pai de quatro filhos, enfatiza a importância de procurar ajuda quando esses sinais aparecem. "Um profissional de saúde mental pode ajudar a desenvolver estratégias para gerenciar a ansiedade e melhorar a saúde mental", ele afirma.

A ajuda profissional é especialmente vital se houver pensamentos de automutilação ou suicídio, sintomas graves como ataques de pânico, ou se a pessoa está com dificuldade para gerenciar a ansiedade por conta própria. O psicanalista clínico Carlos Almeida (https://www.instagram.com/carlosalmeidapsic/), com sua vasta experiência em desenvolvimento humano e neurociência, convida você a participar da Maratona "Viver Sem Ansiedade", uma Master Class de 3 horas 100% online, onde ele guiará um mergulho profundo para identificar as emoções e destravar os gatilhos da sua ansiedade, desativando e ressignificando o que realmente está acontecendo. Esta é uma condição especial de lançamento para você que busca entender e gerenciar a ansiedade, em vez de apenas viver no futuro.

Se você se identificou com algum desses sinais, saiba que não está sozinha. Milhões de mulheres ao redor do mundo enfrentam a mesma luta. O primeiro passo para se libertar do peso da perfeição e do fardo da ansiedade é reconhecer que pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, mas sim um ato de coragem e autocuidado.

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ALEX YAN DA COSTA MENDES
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