Inteligência Artificial ganha notoriedade no Judiciário Brasileiro

Novas tecnologias transformam rotinas jurídicas e buscam aumentar a eficiência no apoio às decisões. Especialista destaca a importância da transparência e da supervisão humana no processo

FáBIO REGO BARROS
11/08/2025 11h25 - Atualizado há 18 horas

Inteligência Artificial ganha notoriedade no Judiciário Brasileiro
Freepik

O Sistema Judiciário brasileiro vive um momento de transformação impulsionado pelo uso da Inteligência Artificial (IA). Recentemente, um caso de aumento inesperado de produtividade, que registrou um crescimento acima dos 1.000% no número de sentenças, chamou a atenção da Corregedoria do Tribunal de Justiça do Maranhão para a atuação de um juiz no município de Balsas, no interior do estado, sobre o uso das novas tecnologias para aumentar a eficiência no apoio às decisões humanas 

Assim como em outros segmentos, a adoção de soluções tecnológicas voltadas à organização de dados, automação de tarefas repetitivas e suporte a análises jurídicas complexas cresce cada vez mais. E mais do que substituir o papel humano, a IA tem emergido como uma ferramenta estratégica assertiva para aumentar a eficiência e a qualidade da prestação jurisdicional.

O movimento ganhou ainda mais força com a regulamentação do uso de IA pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio da Resolução 615/2025, que estabelece diretrizes, requisitos e uma estrutura de governança para o desenvolvimento, uso e auditabilidade de ferramentas de IA, visando garantir a ética, a transparência e a conformidade com as leis, como a Lei Geral de Proteção de Dados. A medida objetiva garantir que as decisões judiciais continuem sendo fundamentadas pela experiência e pelo julgamento crítico de juízes e advogados.

Edson Hideki, fundador da REVIO, empresa brasileira especializada em soluções de inteligência artificial para o setor jurídico, destaca que o papel da IA é ampliar, e não substituir, a atuação humana no Direito. Segundo ele, os desenvolvedores de soluções de jurimetria precisam encarar a IA como um recurso estratégico para otimizar rotinas, organizar dados e apoiar análises complexas, mas nunca para substituir juízes, advogados ou profissionais do Direito. “O próprio CNJ exige transparência, auditoria e participação humana na revisão dos conteúdos gerados”, ressalta.

Aumento da assertividade e eficiência

A REVIO vem se destacando no mercado por adotar uma abordagem centrada na responsabilidade e no apoio à tomada de decisão. Desde 2018, suas soluções combinam automações inteligentes e dados estruturados com o objetivo de tornar o serviço jurídico mais assertivo e eficiente.

Hideki explica que na empresa essa filosofia e responsabilidade permeia todo o trabalho, desde a concepção de produtos até o relacionamento com clientes e parceiros. As tecnologias desenvolvidas têm o propósito claro de ampliar a capacidade dos profissionais da área jurídica. “A palavra final, contudo, é sempre do humano. É o advogado ou o juiz quem interpreta o contexto, aplica a lei, sua experiência e zela pela justiça”, reforça.

O executivo também defende uma mudança na perspectiva sobre a IA no setor jurídico. “Em vez de temer a substituição, o foco deve estar em como a inteligência artificial, adotada com responsabilidade, pode elevar a qualidade e a rapidez das atividades jurídicas.”

Sobre a REVIO

Fundada em 2018, a REVIO é uma empresa de tecnologia especializada em soluções para os setores fiscal e jurídico, com foco em compliance tributário, classificação fiscal e otimização de processos corporativos. Com atuação em todo o país, a empresa é responsável pelo desenvolvimento de soluções visando a transformação digital da gestão de riscos no setor corporativo.


 

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