Opinião Rio Indústria: indústria do RJ cresce, mas tarifaço preocupa
AGÊNCIA A+
11/08/2025 17h25 - Atualizado há 7 horas
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O setor industrial do Rio de Janeiro reafirma sua força no cenário nacional ao liderar o crescimento em junho, com alta de 6,8% frente ao mesmo mês de 2024 e avanço de 0,4% em relação a maio, segundo dados do IBGE. A Associação de Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Rio Indústria), ressalta que o desempenho fluminense superou de forma expressiva a média nacional, que recuou 1,3% na comparação anual, e reflete um conjunto de fatores estratégicos: diversificação produtiva, investimentos em tecnologia e modernização, além da resiliência das cadeias industriais locais. No acumulado do primeiro semestre, o Rio já soma alta de 2,5%, enquanto boa parte do país registra retração, um sinal claro de que o estado está se consolidando como um polo competitivo e inovador.
Entretanto, o bom momento da indústria fluminense convive com um cenário internacional que acende um sinal de alerta: o tarifaço dos EUA, com taxas de até 50% sobre produtos brasileiros. Embora algumas exportações tenham sido poupadas, mais da metade — cerca de 55,4% — enfrentará a nova carga tarifária, afetando diretamente setores como café, madeira, carnes, pescados, frutas e equipamentos da construção civil. A Rio Indústria reconhece que para um estado com vocação exportadora e inserção em cadeias globais de valor, essa medida representa um desafio considerável, especialmente para empresas que já operam com margens apertadas e alto custo logístico interno.
O impacto tende a ser sentido em dois níveis: no curto prazo, pela perda de competitividade e possível redução de contratos; e no médio prazo, pela necessidade de reposicionamento estratégico em mercados externos. Para a Rio Indústria, o momento exige ação coordenada entre empresários e governo, buscando alternativas que preservem a presença do Rio no comércio global, seja pela diversificação de destinos, seja pela agregação de valor aos produtos.
“O desempenho robusto registrado no primeiro semestre mostra que temos capacidade produtiva para crescer, mas é fundamental blindar esse avanço contra barreiras externas que possam comprometer nossa trajetória de expansão”, informa a Associação.
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JULIANA COSTA DOS SANTOS
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