Barco Brasil chega à França para o prólogo da Globe40
Veleiro fechou a participação na Rolex Fastnet Race, que completa seu centenário em 2025, em 3d23h08min
FLáVIO PEREZ
11/08/2025 20h11 - Atualizado há 3 horas
On Board Sports
O Barco Brasil fechou sua participação na lendária Rolex Fastnet Race com o segundo lugar entre os Class40 Sharp, e o 21º lugar na classificação geral da classe. O representante brasileiro na disputa chegou ao porto francês de Cherbough em 30 de julho, completando o percurso em 3d23h08min.
A regata celebrou seu centenário com mais de 460 veleiros na raia. O vencedor da Rolex Fastnet Race na Classe 40 foi o francês Faites Un Don Sur SNSM de Douguet Corentin, com 3d10h02min. Esta é a segunda vitória de Douguet na Rolex Fastnet Race em um Classe 40, tendo vencido em 2019. A VSF Sports (Pep Costa) ficou em segundo lugar, com 3d10h03min. O espanhol Pep Costa também já havia vencido a competição, em 2023. A Classe 40 tem fama de fazer algumas das disputas mais acirradas da vela oceânica. E na Rolex Fastnet Race não foi diferente.
Menos de dois minutos separaram os dois primeiros colocados. Esse padrão se manteve em toda a frota, com várias posições disputadas por margens estreitas. “Fizemos a primeira parte da regata em contravento. Nessa condição, a diferença entre os Class40 Scow, mais modernos, e os Sharp como o nosso são menos evidentes. Conseguimos ficar com o grupo da frente”, contou o comandante José Guilherme Caldas.
“Mas cometemos um erro na aproximação do rochedo, o Fastnet Rock. Não levamos em consideração a mudança da correnteza e ficamos presos num vento mais fraco que nos retardou. Na volta, o vento foi aumentando, chegou a 22 nós. Decidimos usar uma vela balão maior, e ela acabou se rasgando. Ainda nos recuperamos, nos defendemos bem, mas o vento caiu a apenas 5 milhas do final.” O Barco Brasil foi o primeiro representante brasileiro na icônica Rolex Fastnet Race em 20 anos.
O último participante do País tinha sido o Galileu de Walter Antunes na classe Open 60, em 2005. Em 1973, o Saga foi o campeão geral da regata, marcando a história náutica do Brasil. “Foi uma participação muito interessante. A meta era apenas participar dessa regata histórica e treinar para a Globe40, nosso grande objetivo. E foi um excelente treino.
A competição é extremamente técnica”, completou José Guilherme Caldas. Além dele como comandante, a tripulação incluiu ainda o co-skipper do Barco Brasil na Globe40, Luiz Bolina, o argentino naturalizado francês Jean Pierre Coutayar e o novato Marcelo Malagutti.
Preparação para a Globe40 Logo após a regata, a equipe deixou Cherbough e retornou à França. O Barco Brasil já está em Lórient, porto que receberá o prólogo da Globe40 em 31 de agosto, passando pelos últimos preparativos. A largada oficial da volta ao mundo está prevista para 14 de setembro, em Cádiz, na Espanha.
De lá, os Class40 partem para uma travessia do Atlântico até Mindelo, em Cabo Verde, seguindo para o Cabo da Boa Esperança e as Ilhas Reunião.
A jornada continua pelo Oceano Índico até Sydney, na Austrália, depois cruza o Pacífico até Valparaíso, no Chile. Um dos momentos mais desafiadores será o contorno do Cabo Horn, seguido da subida pela costa brasileira até Recife, antes da chegada final em Lorient, na França.
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FLAVIO PEREZ GUIMARAES
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