Você pode treinar seu cérebro para ser mais feliz?

Ciência aponta caminhos para cultivar o bem-estar, e Congresso Internacional de Felicidade reúne especialistas que ensinam como fazer

ALINE CAMBUY/ TALK COMUNICAçãO
29/07/2025 10h35 - Atualizado há 21 horas

Você pode treinar seu cérebro para ser mais feliz?
Imagem do Congresso da Felicidade 2024. Foto: Day Luiza.

A felicidade pode ser aprendida. Essa é a proposta de campos como a psicologia positiva, a neurociência e a ciência do bem-estar, que indicam ser possível desenvolver hábitos mentais e comportamentos capazes de fortalecer a saúde emocional. Essa abordagem ganha força na programação do VIII Congresso Internacional de Felicidade, que acontece nos dias 8 e 9 de novembro, em Curitiba, com palestrantes como Tal Ben-Shahar, Rossandro Klinjey, Monja Coen, Leandro Karnal, Ana Paula Padrão e Murilo Rosa.

Essa proposta de que a felicidade pode ser cultivada intencionalmente vem sendo respaldada por estudos científicos em diversas partes do mundo. Pesquisas da Universidade de Bristol, no Reino Unido, por exemplo, apontam que cursos baseados em psicologia positiva promovem aumento de 10% a 15% no bem-estar dos participantes. No entanto, para manter esses ganhos, é necessária a prática constante. “Assim como não basta frequentar a academia uma única vez para manter o corpo em forma, o cérebro também precisa de treino frequente para reter os benefícios da felicidade”, compara Gustavo Arns, idealizador do Congresso.

Arns tem mestrado em Estudos da Felicidade pela Centenary University (EUA), ele explica que práticas como meditação, gratidão e gentileza estão entre as ferramentas mais eficazes para reconfigurar padrões emocionais e fortalecer o bem-estar de forma sustentável.

“O Congresso Internacional de Felicidade propõe uma imersão que vai além do discurso, oferecendo experiências que realmente permitem treinar o cérebro para cultivar felicidade no dia a dia. A ciência já mostrou que é possível desenvolver competências emocionais por meio da prática, e o Congresso é um espaço para vivenciar isso na prática”, afirma Arns.

A neurociência confirma essa possibilidade por meio do conceito de neuroplasticidade, que demonstra como circuitos cerebrais podem ser modificados com o tempo. Práticas como o registro diário de gratidão elevam os níveis de felicidade e reduzem sintomas depressivos. A meditação mindfulness estimula regiões ligadas à empatia e ao autocontrole, além de modular a atividade da amígdala emocional — área associada ao medo e ao estresse. Já os atos de gentileza e conexão social aumentam a produção de serotonina e ocitocina, que reforçam o vínculo humano e a sensação de bem-estar.

Esse olhar ganha respaldo no Relatório Mundial da Felicidade (World Happiness Report 2025), divulgado em março pela Organização das Nações Unidas (ONU). O estudo mostrou que a confiança nas outras pessoas, como acreditar que alguém irá devolver uma carteira perdida, é um dos fatores mais fortemente associados à felicidade populacional. O relatório também destacou que compartilhar refeições e ter com quem contar são preditores de bem-estar ainda mais relevantes do que renda ou expectativa de vida. Desta forma, o estudo evidencia que somos mais felizes quando estamos conectados e nos sentimos cuidados.

Elaborado com base na percepção das populações sobre sua própria qualidade de vida, o relatório também apresenta um ranking dos países mais felizes do mundo. Em 2025, o Brasil ocupa a 36ª posição, subindo oito colocações em relação ao ano passado. É o segundo país sul-americano mais bem colocado, atrás apenas do Uruguai, que aparece em 29º lugar.

O Congresso Internacional de Felicidade mostrará como aplicar esses aprendizados na vida real, com uma programação que inclui conhecimento teórico e prático, vivências, painéis sobre saúde mental no trabalho, feira do bem-estar e apresentações culturais. A proposta é oferecer uma abordagem científica, sensorial e transformadora da felicidade, que une conhecimento, prática e experiência.

Congresso Internacional de Felicidade reúne grandes nomes para traduzir a ciência da felicidade

Entre os destaques da programação de 2025 está o psicólogo Tal Ben-Shahar, um dos principais especialistas em psicologia positiva no mundo. Doutor por Harvard, Ben-Shahar defende que o maior obstáculo à felicidade hoje é o estresse crônico e a negligência com o descanso. Em sua palestra, ele abordará como práticas simples e constantes de recuperação emocional podem ser mais eficazes do que o combate direto ao estresse — reforçando que felicidade também é resultado de pausas conscientes. A palestra será em inglês, com tradução simultânea.

Outro nome que conecta teoria à prática é o psicólogo e escritor Rossandro Klinjey, que falará sobre perdão como caminho de cura interior. Conhecido por traduzir conceitos complexos da Psicologia de forma sensível e acessível, Klinjey tem se dedicado ao desenvolvimento de habilidades socioemocionais e à promoção da saúde emocional em diferentes contextos — de escolas a empresas.

A espiritualidade como ferramenta de transformação também está presente na programação, representada pela Monja Coen, referência do Zen Budismo no Brasil. Em sua fala, ela abordará o contentamento como estado de presença, equilíbrio e aceitação — valores que, segundo ela, podem ser cultivados com práticas diárias de atenção plena.

Compondo esse panorama de múltiplas perspectivas, o historiador Leandro Karnal propõe reflexões sobre propósito, ética e escolhas conscientes. Com linguagem envolvente e profunda, ele convida o público a pensar sobre o que nos move — e como decisões individuais e coletivas moldam o caminho para uma vida mais significativa.

A jornalista Ana Paula Padrão também integra a programação com uma palestra sobre motivação, entusiasmo, propósito e realização. Com 27 anos de carreira na televisão, tendo atuado nas principais emissoras do país e apresentado por uma década o Masterchef Brasil, Ana Paula agora foca na atuação empresarial. Em sua fala, compartilha aprendizados sobre protagonismo e transformação, especialmente a partir de sua experiência na capacitação de mulheres. Em 2023, passou a ministrar aulas de oratória na escola de negócios Conquer e, atualmente, está à frente da Unna — sua unidade de negócios voltada à formação de lideranças femininas.

Já o ator Murilo Rosa traz para o palco do Congresso a palestra “Terceiro Sinal”, um relato sobre energia, superação e escuta interior. Ex-atleta de taekwondo e premiado ator da televisão e teatro brasileiros, Murilo compartilha sua trajetória de transição entre o esporte de alto rendimento e a arte, sempre pautada pelo entusiasmo e pela coragem de mudar. Embaixador brasileiro do taekwondo e defensor de causas ligadas ao desenvolvimento social, ele convida o público a olhar para si com generosidade e a enxergar o movimento como caminho de felicidade.

A programação completa e as inscrições podem ser acessadas pelo site oficial  www.congressodefelicidade.com.br

Serviço

VIII Congresso Internacional de Felicidade

Datas: dias 8 e 9 de novembro de 2025

Local: Centro de Eventos Positivo - Parque Barigui (Al. Ecológica Burle Marx, 2518, Santo Inácio, Curitiba - PR)

Mais informações e inscrições: www.congressodefelicidade.com.br

Instagram: @congressodefelicidade 

Patrocínio: Pós PUCPR Digital e Colégio Positivo.

Apoio: Komatsu, Ibema, Helisul e Metalus. 

Apoio institucional: Governo do Estado do Paraná, Secretaria do Turismo do Estado do Paraná e Prefeitura Municipal de Curitiba.

Sobre o Congresso Internacional de Felicidade

O Congresso Internacional de Felicidade reúne os maiores palestrantes do Brasil e do mundo para abordar o tema da felicidade a partir da ciência, arte, filosofia e espiritualidade. É um mergulho profundo de autoconhecimento e autodesenvolvimento pessoal e profissional. Um momento de reflexão acerca do que é a Felicidade e como podemos ser mais felizes a partir de múltiplos olhares com uma visão integral do ser humano. Mais informações no site www.congressodefelicidade.com.br

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ALINE OLIVEIRA SANCHO CAMBUY
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FONTE: Talk Comunicacao
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