IA com propósito já transforma a experiência do cliente e as operações no varejo

Personalização, eficiência e empatia: tecnologias de inteligência artificial ganham protagonismo com foco em resultados práticos para empresas e consumidores

MICHELY SANTANA
29/07/2025 12h58 - Atualizado há 20 horas

IA com propósito já transforma a experiência do cliente e as operações no varejo
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A inteligência artificial (IA) está deixando de ser somente uma promessa futurista e se consolidando como uma ferramenta estratégica no presente — especialmente quando usada com um propósito claro. No setor varejista, a IA com propósito já gera impactos mensuráveis tanto na experiência do consumidor quanto na eficiência operacional, reforçando a tendência de digitalização orientada à resolução de problemas reais.

Levantamento global da Nvidia, divulgado no estudo State of AI in Retail and CPG (2024), indica que 89% dos varejistas já utilizam ou testam soluções baseadas em IA. Entre eles, 60% aplicam IA generativa (GenAI) na criação e personalização de conteúdo de marketing, análise preditiva e segmentação de consumidores. A aplicação prática dessas tecnologias contribui para transformar dados em decisões estratégicas, reduzir custos e oferecer experiências mais relevantes e personalizadas para os clientes.

No Brasil, o uso da IA no varejo também apresenta forte crescimento. Segundo dados do estudo exclusivo da Central do Varejo, 47% dos varejistas brasileiros já utilizam essa tecnologia, principalmente nas áreas de marketing e vendas. Entre os que ainda não adotaram, 46% afirmam ter planos de implementação em breve, demonstrando a consolidação da IA como prioridade no planejamento estratégico do setor.

As aplicações mais comuns no varejo brasileiro são: atendimento ao cliente via chatbots (56%), criação de conteúdo de marketing (50%), personalização da experiência do consumidor (36%) e análise de tendências (34%). Esses dados refletem o avanço da IA com propósito — ou seja, soluções voltadas para gerar impacto direto no relacionamento com o consumidor e na performance dos negócios.

Segundo o especialista em varejo e transformação digital Alexsandro Monteiro, a chave está em aplicar a IA para gerar valor imediato, sem perder de vista o fator humano.“A IA com propósito não busca substituir pessoas, mas ampliar sua capacidade de decisão e atuação. Quando uma loja antecipa o desejo de um cliente, ajusta automaticamente seu mix de produtos com base na demanda ou responde em segundos via chatbot, estamos vendo a IA atuar de forma estratégica, empática e útil” afirma Monteiro.

Na prática, isso significa integrar algoritmos e dados à jornada do consumidor de ponta a ponta. Monteiro destaca que cada vez mais empresas estão utilizando machine learning para entender padrões de comportamento, recomendar produtos com maior precisão e otimizar o tempo de resposta nas interações.“A personalização baseada em IA já é uma expectativa do cliente moderno. Ele quer ser tratado de forma única, ter sugestões relevantes, encontrar os produtos certos sem esforço e resolver problemas de forma rápida e eficiente. Esse é o novo padrão de qualidade” reforça.

Um relatório do Boston Consulting Group aponta que empresas que utilizam IA para personalização registram até 10% de aumento nas vendas e 20% de redução nos custos operacionais. Além disso, a inteligência artificial tem sido crucial para operações de logística mais inteligentes e sustentáveis, reduzindo o desperdício e otimizando rotas de entrega.

Outro dado relevante vem do estudo “Tendências de Consumo 2025”, da Opinion Box, que mostra que 75% dos consumidores brasileiros esperam que as marcas usem tecnologia para oferecer experiências mais ágeis e personalizadas. A mesma pesquisa indica que 47% dos entrevistados se sentem mais satisfeitos quando recebem sugestões baseadas em compras anteriores ou preferências.

Com isso, a IA deixa de ser somente uma inovação tecnológica e passa a ser uma alavanca para relevância de marca, fidelização de clientes e ganhos operacionais. “A IA com propósito não é sobre modismo ou hype. É sobre entender profundamente o que importa para o consumidor e como a tecnologia pode servir a esse propósito de forma transparente e eficiente”, conclui Monteiro.

Em um mercado cada vez mais competitivo e orientado por dados, o varejo que utiliza a inteligência artificial com intencionalidade e foco estratégico se posiciona à frente, oferecendo jornadas mais inteligentes, humanas e relevantes.


 

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