Nos últimos anos, houve um aumento significativo no número de adoções de pets, afinal, um animal de estimação contamina o ambiente com sua alegria e se torna um grande companheiro dos donos, o que desperta o interesse de muitas pessoas em levarem para a casa um grande amigo de quatro patas, mas a responsabilidade é enorme e nem todos os tutores levam a adoção a sério.
Para a professora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio – CEUNSP, Vivian Cisi, o tutor precisa pensar muito bem antes de adotar um pet, pois é uma responsabilidade para toda a vida. “É importante levar em consideração questões como recursos financeiros, tempo, espaço, consentimento de familiares, período de férias, possibilidade de tratamento de doenças crônicas, entre outros, pois um animal adotado cria vínculos de muito amor e dependência com o seu tutor, e a devolução para um abrigo ou ONG é devastadora para o pet.
A coordenadora Leslie Maria Domingues, do curso de Medicina Veterinária do CEUNSP, explica que a importância da adoção está claramente relacionada ao bem-estar, tanto do animal adotado quanto do tutor que adotou, mas muito além disso, existe uma responsabilidade social dentro desse contexto, especialmente no que diz respeito ao manejo populacional ético de cães e gatos.
“Sabemos que muitos animais atualmente comercializados, são oriundos de criação de fundo de quintal sem a menor condição higiênico-sanitária ou implementação de práticas relacionadas ao bem-estar dos animais”, comenta Leslie.
De acordo com Vivian, apesar de muitos tutores não estarem conscientes da responsabilidade das adoções, a sociedade está lentamente adquirindo mais consciência nesse sentido, mas ainda existe um longo caminho no que tange os direitos e a ciência animal.
“A preocupação com o bem-estar animal durante muito tempo foi um tema tratado com descaso, porém, a tutela jurídica do animal foi se tornando presente no quadro das preocupações e tendências contemporâneas, dessa forma, atualmente esses temas são muito mais discutidos”, afirma.
A coordenadora Leslie, explica que o poder público por si só, não consegue minimizar as questões da superprodução de cães e gatos em situação de vulnerabilidade, por isso, é de suma importância a participação da população civil nessa questão.
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Anna Julia Fagundes
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