Gestores em alerta com riscos na entrega de obras?

Limpeza mal feita está destruindo pisos de alto padrão e atrasando operações no Brasil inteiro

STRENGER COREGE
23/07/2025 18h59 - Atualizado há 1 dia

Gestores em alerta com riscos na entrega de obras?
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No primeiro semestre de 2025, o setor de construção civil brasileiro registrou crescimento de 5,8%, segundo dados do IBGE. O aumento nas entregas de obras comerciais e empresariais reacendeu um alerta entre administradoras e construtoras: a limpeza pós-obra tem sido apontada como um dos principais fatores de atraso na liberação de empreendimentos. O motivo está no manuseio incorreto de superfícies delicadas, como o porcelanato após a obra, que exige técnicas específicas após a construção.

Relatórios recentes da Abralimp (Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional) indicam que 7 a cada 10 empresas contratantes relatam problemas com manchas, corrosão ou danos em revestimentos após obras especialmente em pisos de alto padrão. A limpeza inadequada, além de comprometer a estética, pode causar prejuízos financeiros expressivos com retrabalhos e substituições.

“É fundamental que o contratante verifique se a equipe tem experiência comprovada com materiais como porcelanato, que exigem produtos neutros e técnicas específicas. Usar ácidos ou abrasivos, por exemplo, é um erro comum que pode inutilizar o piso inteiro”, explica Renan Rodrigues, CEO da empresa de limpeza pós-obra Crystal Cleaning. “Recomendo sempre exigir um plano técnico de limpeza antes de liberar o serviço.”

A demanda por limpeza técnica especializada cresceu 38% entre janeiro e junho de 2025, segundo levantamento da startup BuilderHub, que monitora o mercado de facilities no Brasil. A terceirização desse serviço está sendo vista como alternativa estratégica para empresas que precisam operar com prazos reduzidos e exigências de alto padrão. “Empresas estão percebendo que manter equipes internas para isso se tornou insustentável”, afirma o relatório.

Entre os erros mais frequentes está o uso de saponáceos e desincrustantes sem diluição adequada, que reagem com o rejunte e danificam porcelanatos foscos e polidos. Em muitos casos, esses problemas só são percebidos dias após a entrega da obra, quando o ambiente já foi ocupado, gerando insatisfação de clientes e sanções contratuais para as construtoras.

Em abril deste ano, uma incorporadora da região metropolitana de São Paulo relatou perdas de R$270 mil após uma limpeza inadequada causar a corrosão de porcelanatos importados instalados em um centro médico recém-construído. O problema atrasou a inauguração em 40 dias e obrigou a substituição de mais de 300 metros quadrados de piso.

Especialistas recomendam que gestores avaliem não apenas o custo da limpeza, mas a qualificação técnica da equipe envolvida. “A limpeza pós-obra não é mais uma etapa simples. Ela exige conhecimento de materiais, uso correto de EPIs, descarte ambientalmente correto dos resíduos e cronograma alinhado com a entrega da obra”, pontua Rodrigues.

Com a aceleração dos projetos empresariais, a tendência é que a contratação de empresas especializadas em limpeza pós-obra se torne parte do planejamento financeiro e estratégico das obras. “O barato sai caro e em 2025, sai muito caro”, conclui o CEO da Crystal Cleaning.


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Renan Rodrigues de Souza
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FONTE: https://empresadelimpezaposobra.com.br/
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