Turismo em Minas ainda pode te surpreender, e muito

Por Otacílio Costa - Presidente do PSB Minas e prefeito de Conceição do Mato Dentro

SUELLEN EMERICK
23/07/2025 10h57 - Atualizado há 20 horas

Turismo em Minas ainda pode te surpreender, e muito
Arquivo Prefeitura de Conceição do Mato Dentro

“Vai diminuindo a cidade, vai aumentando a simpatia. Quanto menor a casinha, mais sincero o bom dia.” O verso, tantas vezes cantado pelo Pato Fu, não é apenas poesia: é diagnóstico. Quem cruza a divisa de Minas Gerais percebe, logo no primeiro cafezinho, que receber bem aqui, mais que cortesia, é uma vocação.

Somos montanhas e memórias, vales que contam causos, vilas que aquietam pressas, paisagens dignas de mural em museu internacional. E essas memórias, ora vividas, ora narradas, explicam porque mais de quatro milhões de visitantes escolheram Minas só neste mês, a maior temporada turística da nossa história recente. Hotéis aproximam-se de 80% de ocupação, aeroportos já somam 70 mil passageiros estrangeiros e rodoviárias se preparam para acolher mais de um milhão de viajantes. Minas virou destino de experiência: quem vem pela comida fica pelo cheiro de café coado e quem chega por curiosidade, volta por saudade.

E não estou falando apenas de Tiradentes, Ouro Preto ou do Inhotim. Minas guarda uma geografia de afetos que ainda se revela. Até porque o mapa do nosso turismo não se desenha apenas com linhas e estradas. Ele tem sorrisos largos, sabores complexos, crenças generosas e uma natureza exuberante. Novas “estradas reais” surgem brilhando onde antes havia anonimato.

Uma delas, a estrada Cênica da Cordilheira do Espinhaço,  leva a Conceição do Mato Dentro. Se ainda não foi, vá. Se já foi, volte porque a cidade está mudando e com ela, a lógica de como pensamos o turismo no Estado. Quem percorre as trilhas da cordilheira do Espinhaço descobre um pedaço de solo mineiro repleto de encanto e propósito. Ali se compreende que beleza natural não basta: é preciso ter estrutura para acolher bem quem chega e deixar legado para quem reside.

A cachoeira do Tabuleiro, com seus 273 metros, a mais alta de Minas, lembra que nossa beleza tem verticalidade e coragem. Hoje, Conceição desponta como um dos destinos que mais avançam no “Coração de Minas Gerais” e mira alto: até 2030, quer firmar-se como referência ecológica do sudeste. Há ousadia nesse plano: equilibrar a mineração, base econômica de décadas, com um turismo que diversifique e democratize o desenvolvimento local.  Agora, o município vai receber mais de R$500 milhões em investimentos, parte do montante será dedicado à infraestrutura viária, revitalização urbana e melhorias no acesso a pontos turísticos. 

Esse esforço não é só para quem passa. É, sobretudo, para quem fica: o comerciante que venderá mais, o jovem que encontrará oportunidades sem sair, a artesã que trocará promessas por clientes. Eis o turismo do futuro: o que movimenta a economia, respeita o território e é construído junto da sua gente.

Conceição ensaia ser exemplo de município que equilibra tradição e inovação. Preserva o artesanato e investe no ecoturismo; acolhe festas religiosas e estrutura trilhas, rotas ciclísticas e experiências gastronômicas. Fé e aventura cabem no mesmo roteiro, por que não? Futuro e identidade caminhando juntos, cheios de prosas, do jeito que gostamos.

Em Minas, aprendemos que turismo não nasce de improviso nem de pressa. Constrói-se com raízes, respeito, valores e amor à terra.  É isso que fará  o visitante voltar, mesmo diante de tantas opções, é o mesmo que faz o mineiro escolher ficar todos os dias: a certeza de que, aqui, até o futuro pode ser acolhedor.


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SUELLEN DE OLIVEIRA SILVA
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