Conheça o processo de blindagem de veículos

Serviço técnico e detalhado, a blindagem exige tempo, cuidado e precisão para reforçar a segurança dos ocupantes sem afetar o conforto ao volante

ANDRé ELOI
17/07/2025 07h41 - Atualizado há 12 horas

Conheça o processo de blindagem de veículos
(Créditos: iStock)
 

Quem anda pelas grandes cidades já deve ter notado: os carros blindados deixaram de ser raridade. Antes restritos a executivos e autoridades, agora também fazem parte da rotina de famílias e profissionais que buscam mais segurança no trânsito. Mas nem todo mundo sabe o que acontece nos bastidores deste processo.

 

Da desmontagem ao reforço interno

 

O primeiro passo envolve desmontar o carro quase inteiro. Os técnicos retiram portas, forração, bancos, teto e, em alguns casos, até o painel. Isso permite aplicar os materiais de proteção diretamente na estrutura, sem comprometer o funcionamento dos sistemas internos.

 

A blindagem começa pelas partes mais expostas: colunas, laterais, teto, para-lamas e assoalho. Nestas áreas, são fixadas mantas balísticas de aramida, uma fibra sintética leve e resistente, parecida com o kevlar, usado em coletes à prova de balas. Cada recorte precisa se encaixar perfeitamente, sem deixar frestas.

 

O papel dos vidros blindados

 

Outro ponto sensível do carro são os vidros. Eles passam por uma substituição completa. As novas peças combinam camadas de vidro e policarbonato, unidas por resinas especiais. A combinação segura o impacto de projéteis, mesmo que o vidro trincado aparente fragilidade.

 

A instalação exige reforços nas portas e adaptações nos mecanismos. Nem sempre os vidros traseiros, por exemplo, mantêm abertura automática. Alguns carros também perdem recursos como teto solar e sensores, dependendo do nível de blindagem contratado.

 

Acabamento e testes finais

 

Com os reforços prontos, o carro é remontado. Esta etapa exige atenção, para que o interior fique o mais próximo possível do original. Em muitos casos, o acabamento precisa ser feito sob medida, já que os revestimentos anteriores não se encaixam mais como antes.

 

Antes de sair da empresa, o carro passa por testes específicos. Além da inspeção técnica, há a checagem dos pontos de sobreposição das mantas e a verificação de que todos os sistemas continuam funcionando bem. A empresa ainda emite um certificado que comprova o nível de proteção, geralmente o III-A, indicado contra armas curtas como pistolas.

 

A blindagem exige planejamento

 

Blindar um carro pode ser custoso, pois os valores giram entre R$ 60 mil e R$ 90 mil, dependendo do modelo e do nível de proteção. Mas o custo não para por aí. O carro blindado exige manutenção mais frequente. O peso extra pode desgastar freios, amortecedores e pneus com mais rapidez. Até a calibragem dos pneus precisa ser ajustada com frequência.

 

Por isso, quem pensa em proteger o carro com este tipo de serviço deve considerar a rotina de uso, as vias por onde costuma circular e quanto está disposto a investir não só na blindagem em si, mas também na manutenção em longo prazo.

 

Cuidados com o serviço

 

Com o aumento da sensação de insegurança em centros urbanos, o mercado de blindagem cresceu nos últimos anos. Conforme dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), o país blindou mais de 34 mil veículos em 2024.

 

Neste cenário, escolher bem a empresa responsável pela blindagem de veículos é fundamental. Nem todo serviço segue os padrões exigidos por órgãos de certificação. Materiais fora do padrão ou falhas de instalação podem comprometer a segurança, justamente o que o motorista busca preservar.

 

Com tecnologia mais acessível e uma rede de empresas especializadas em expansão, a blindagem se tornou um recurso viável para mais perfis de consumidores. Mas, como toda decisão importante, ela deve ser feita com informação, análise e cuidado. Afinal, mais do que uma camada extra no carro, trata-se de uma escolha que pode fazer diferença em momentos vitais.


 

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ANDRE LUCIO ELOI DE SOUZA FILHO
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