Capacitação, tecnologia e diversificação são investimentos-chave para crescer no Brasil, aponta pesquisa da Deloitte
JEFFREY GROUP
14/07/2025 09h55 - Atualizado há 2 dias
SAXBR
- Nove em cada dez empresários dirigiram investimentos para qualificação e treinamento neste ano, de acordo com o estudo Agenda de Negócios– realizado com 402 empresas. Desses, 75% afirmam investir na capacitação tecnológica dos profissionais;
- Dentre as prioridades, também está o lançamento de novos produtos ou serviços (85%). Atuar em outros setores ou inaugurar diferentes atividades está na estratégia de um terço do total;
- Sete em cada dez afirmam investir em infraestrutura de TI (softwares, hardwares, dados, serviços e redes);
- Ampliar as vendas ainda é o principal desafio de oito em cada dez empresários no Brasil. Na sequência, está inovar, tanto na oferta de produtos ou serviços (70%) como em processos e atividades internas (66%);
- Dois terços das empresas entrevistadas preveem crescer acima da inflação neste ano; metade deve fechar o ano com alta nas contratações.
São Paulo, maio de 2025 – O empresariado brasileiro entende que investimentos em capacitação e em novos produtos e serviços são motores para crescer no Brasil, aponta a pesquisa “Agenda de Negócios – Estratégias empresariais para o ambiente corporativo”, conduzida pela Deloitte, organização com o portfólio de serviços profissionais mais diversificado do mundo. Os resultados mostram que as empresas têm direcionado investimentos para áreas-chave relacionadas à inovação, com foco em expandir os negócios com sustentabilidade. Treinamento e qualificação reuniram 92% das respostas nesse sentido. A capacitação tecnológica, inclusive, é oferecida e estimulada por 75% das empresas — sendo que, desse grupo, 62% devem direcionar as ações para áreas além da tecnologia da informação. Em segundo lugar dentre as prioridades de investimento relacionadas à inovação, está o lançamento de novos produtos ou serviços (85%). Na sequência, pesquisa e desenvolvimento (59%) e parcerias com startups (51%). Além disso, 68% das organizações participantes da pesquisa planejam investir em infraestrutura de TI, abrangendo softwares, hardwares, gestão de dados, serviços e redes. Esse movimento reforça a consciência de que a transformação digital exige, além de equipes preparadas para lidar com mudanças constantes em ferramentas, funções e processos, a atualização e o fortalecimento da infraestrutura e dos sistemas. “Transformação digital é um vetor central para a competitividade. Muitas empresas têm perenizado os investimentos em tecnologia enquanto direcionam mais recursos para qualificação tecnológica, além de ampliar a presença em ecossistemas de inovação, o que as torna mais capacitadas para embarcar com rapidez nas novas ondas de transformação, como a inteligência artificial generativa”, afirma Ronaldo Fragoso, sócio-líder de Relações com o Mercado da Deloitte. Expansão, diversificação e captação As estratégias das empresas para acelerar a expansão das operações incluem a ampliação de pontos de venda, com quatro em cada dez entrevistados investindo nessa frente (38%). Expansão de parques produtivos e/ou áreas agrícolas (22%) vêm junto do apetite por aquisição de outras empresas (21%), entrando para a agenda de parcelas menores da amostra, com a abertura de novas unidades de produção (18%) logo atrás. A diversificação do portfólio também está no plano. Nesse sentido, participar de licitações públicas é a escolha da maior parte (38%), seguida de estratégias para atuar em novos setores ou inaugurar novas atividades (34%). A participação de concessões públicas (16%) também é uma opção, especialmente forte entre empresas com faturamento acima de R$ 1 bilhão, com foco em setores como infraestrutura e serviços financeiros. Para viabilizar parte desses planos financeiramente, as empresas que pretendem captar recursos externamente indicam como principais fontes os bancos de fomento (38%) e a venda de ativos ou marcas (12%). A abertura de capital (IPO) foi citada por apenas 3% das organizações. A caminho do crescimento: entraves e alavancas Os empresários identificaram desafios importantes para o crescimento. Ampliar as vendas continua a ser o principal deles, para quase 80% das empresas participantes da pesquisa, seguido pela dificuldade de inovar, tanto na oferta de produtos e serviços (70%) quanto nos processos e atividades internas (66%). Entre os fatores, internos ou externos, que poderiam atuar como alavancas de crescimento já neste ano, dentro do ambiente atual de negócios, o emprego de novas soluções e ferramentas para promover eficiência é a principal escolha dentre 16 opções. Na sequência, o empresariado indicou o crescimento das atividades no setor em que atuam e o avanço no uso de inteligência artificial pelo mercado como um todo. Também se destacam, na quarta posição, possibilidades de investimento fora de centros urbanos e, em quinto, o aumento do poder de compra da população. Perspectivas de crescimento e de contratações Apesar do cenário econômico instável, 76% das empresas que atuam no Brasil pretendem crescer acima da inflação em 2025 e metade deverá ampliar o quadro profissional até o final do ano. A média da projeção de crescimento das vendas para este ano entre as empresas entrevistadas é de 13%, com os setores de TI, telecomunicações e serviços financeiros liderando as expectativas (18%, em média, em cada setor). O setor de prestação de serviços acompanha a tendência geral, com previsão de crescimento alinhada à média (13%). Áreas como bens de consumo, agronegócio, alimentos, infraestrutura, comércio e manufaturas apresentam projeções de cerca de 8% de alta. Em relação ao quadro profissional, metade das empresas entrevistadas contratará mais profissionais neste ano, enquanto 22% devem manter o quadro atual sem substituições e outros 22%, mantê-lo com substituições. Dessa última fatia, 12 pontos percentuais correspondem a substituições por profissionais com melhor qualificação e 10 pontos percentuais, à adoção de ferramentas de AI/GenAI ou à robotização e/ou automatização de processos. Apenas 6% preveem redução. “O empresariado brasileiro segue demonstrando resiliência frente a um ambiente de inflação e de taxa básica de juros a níveis elevados, colocando em prática estratégias para chegar ao final do ano com crescimento real. A busca por resultados sustentáveis tem sido baseada no uso de novas ferramentas e soluções, especialmente para promover ganhos de eficiência; o investimento em qualificação tecnológica para o emprego dessas ferramentas e diversificação de portfólio, por exemplo. Os objetivos são garantir competitividade nesse mercado em constante mudança, responder às novas demandas tecnológicas e ampliar as receitas financeiras a longo prazo”, reforça Ronaldo Fragoso. Metodologia e amostra da pesquisa A edição de 2025 da pesquisa “Agenda de Negócios – Estratégias empresariais para o ambiente corporativo” contou com a participação de 402 empresas, cujas receitas, juntas, representam aproximadamente 12% do PIB nacional. A distribuição geográfica da amostra ocorre da seguinte forma (considerando a sede administrativa das empresas): 74% na Região Sudeste, 12% na Região Sul, 9% no Nordeste e 5% no Norte do país. A pesquisa contou com a participação de 43% empresas da região Metropolitana de São Paulo, 13% Interior de São Paulo e 18% no Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, entre outras praças. Do total dos respondentes, 84% estão em nível executivo, ou seja, em cargos de conselho, presidência, diretoria e gerência. Adicionalmente, 44% das empresas participantes são de prestação de serviços, 13% Serviços Financeiros, 11% de TI e Telecomunicações, 9% de Bens de Consumo, 6% de Infraestrutura, 5% de Agronegócio, Alimentos e Bebidas, 5% de Comércio, 3% Mineração, Petróleo e Gás, entre outros. Do total de empresas participantes, 37% exportam e importam. As respostas da pesquisa foram coletadas entre 27 de janeiro de 2025 e 7 de abril de 2025. Sobre a Deloitte A Deloitte é a organização com o portfólio de serviços profissionais mais diversificado do mundo, com cerca de 460 mil profissionais em todo o mundo, gerando impactos que realmente importam em mais de 150 países e territórios. Com base nos seus mais de 175 anos de história, oferecemos serviços de auditoria, asseguração, consultoria, impostos e serviços relacionados para quase 90% das organizações da lista da Fortune Global 500® e milhares de outras empresas. Nossas pessoas proporcionam resultados mensuráveis e duradouros para ajudar a reforçar a confiança pública nos mercados de capitais e permitir aos clientes transformar e prosperar, e lideram o caminho para uma economia mais forte, uma sociedade mais equitativa e um mundo sustentável. No Brasil, onde atua desde 1911, a Deloitte é líder de mercado, com mais de 7.000 profissionais e operações em todo o território nacional, a partir de 18 escritórios. Para mais informações, acesse: www.deloitte.com.br. A Deloitte refere-se a uma ou mais empresas da Deloitte Touche Tohmatsu Limited (“DTTL”), sua rede global de firmas-membro e suas entidades relacionadas (coletivamente, a “organização Deloitte”). A DTTL (também chamada de “Deloitte Global”) e cada uma de suas firmas-membro e entidades relacionadas são legalmente separadas e independentes, que não podem se obrigar ou se vincular mutuamente em relação a terceiros. A DTTL, cada firma-membro da DTTL e cada entidade relacionada são responsáveis apenas por seus próprios atos e omissões, e não entre si. A DTTL não fornece serviços para clientes. Por favor, consulte www.deloitte.com/about para saber mais. Mais informações: Assessoria de Comunicação da Deloitte – JeffreyGroup Lilian Souza [email protected] Tel: 11 99544-4016 Nathália Santos [email protected] Tel: 11 9861-6761 Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
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FONTE: Deloitte