Abradimex adverte sobre riscos de remédios de alto custo em Marketplaces

Associação que integra distribuidoras especializadas questiona a prática de preços abaixo do custo por canais não homologados

JULIANA DE CAPRIO
10/07/2025 12h45 - Atualizado há 17 horas

Abradimex adverte sobre riscos de remédios de alto custo em Marketplaces
Presidente da Abradimex Paulo Maia. Foto: Scritta/Divulgação
A cadeia de distribuição de medicamentos, especialmente os de alto custo, está sob alerta. A afirmação é do presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Medicamentos Especializados Excepcionais e Hospitalares (ABRADIMEX), Paulo Maia, com base nas ocorrências de roubo de carga no setor apontadas em pesquisa realizada pela Deloitte. “Precisamos voltar a atenção para a livre comercialização de medicamentos por parte de marketplaces, em geral, não credenciados como distribuidores da indústria”, alerta.

De acordo com o levantamento da Deloitte, as perdas por roubo de medicamentos de alto custo somaram R$ 283 milhões apenas em 2024. Porém, de acordo com Maia, é preciso entender para onde são destinados os produtos desses roubos. As empresas associadas à ABRADIMEX são homologadas pela indústria farmacêutica a partir de rígidos critérios, que incluem condições comprovadas para o transporte em condições seguras para o uso nos pacientes de clínicas e hospitais.


No entanto, Maia adverte que o livre comércio desses medicamentos pelos marketplaces desperta preocupação quanto ao controle da origem. “É possível encontrarmos produtos sendo comercializados abaixo do preço de custo pago pelos distribuidores à indústria, enquanto nosso setor trabalha com margens estreitas. Portanto, há algo a ser observado nesse comércio em favor e segurança da saúde pública”, reforça.

Para o dirigente, o caminho seria indicar a regulamentação da venda de medicamentos no ambiente virtual e a maior fiscalização por parte da própria indústria. “Não é razoável assistirmos o livre comércio de medicamentos de alto custo a preços fora da média de mercado, sem que haja garantias de segurança da origem. Também é preciso assegurar que os compradores adotem práticas rígidas de controle com seus fornecedores”, observa Maia.

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JULIANA PISSARRA DE CAPRIO
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