O planejamento e a educação financeira têm se mostrado cada vez mais urgentes para os brasileiros. Segundo um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), no mês de maio, do total de negativações do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 83,48% foram de devedores reincidentes, isto é, que já tinham aparecido no cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses. Considerando o universo de devedores reincidentes, 62,98% foram de consumidores que ainda não tinham pagado dívidas antigas até maio; e 20,50% tinham saído do cadastro de devedores nos últimos 12 meses, mas retornaram. Na capital mineira, um levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) mostra que no mês de maio o cadastro de inadimplentes cresceu 2,81% em comparação ao mesmo período do ano passado.
“O ambiente macroeconômico está delicado, com juros altos, inflação e dificuldade de acesso a crédito. Além disso, o descontrole das contas impede que muitas famílias possam consumir com mais qualidade e frequência ”, analisa o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
Para amenizar os efeitos macroeconômicos nas contas do dia a dia, o planejamento financeiro é fundamental. Para isso, alguns passos podem ser dados. “São ações relativamente simples, mas que podem salvar o orçamento no fim do mês”, alerta Souza e Silva.
Com o custo de vida em alta, é fundamental separar o que é necessário, como moradia, alimentação e saúde, do que pode ser adiado ou reduzido como lazer, compras por impulso e assinaturas pouco utilizadas. “Criar essa consciência evita desequilíbrio financeiro e ajuda a manter as contas em dia”, afirma o presidente da CDL/BH.
Ainda que o cenário macroeconômico esteja desafiador, com juros altos e pouca folga no orçamento, é importante guardar parte da renda: pelo menos 5% ao mês. “Os imprevistos financeiros são os principais causadores da inadimplência. Eles levam ao uso do crédito caro, como cartão para pagar boletos e cheque especial. Com uma reserva financeira é possível evitar esse uso”, alerta Souza e Silva.
“Quando os juros estão elevados, a tendência é que as dívidas cresçam. Por isso, o ideal é dar prioridade para pagamentos à vista e, somente em caso de necessidade, utilizar o parcelamento no cartão de crédito. Neste caso, é fundamental calcular o quanto o valor da parcela vai impactar o orçamento”, aconselha Marcelo de Souza e Silva. O dirigente também alerta sobre o crédito rotativo do cartão: “esses juros são os mais altos do mercado”, pondera.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
MARIA CRISTINA GOMES REIS
[email protected]