Embora o backup ainda seja tratado como a principal estratégia de proteção digital em muitas empresas, ele não é suficiente para garantir a continuidade dos negócios.
“Em um cenário de digitalização crescente e riscos cada vez mais complexos, como ataques cibernéticos, falhas humanas, desastres naturais e incidentes em data centers, o Disaster Recovery (DR) se torna uma camada essencial de resiliência para as organizações”, afirma Thiago Madeira de Lima, CEO da Penso Tecnologia, empresa especializada em soluções gerenciadas de infraestrutura e proteção de dados
Segundo ele, o tempo médio para recuperar um ambiente após um ataque de ransomware ultrapassa 21 dias. “Ter um backup íntegro não significa estar pronto para retomar as operações rapidamente. Enquanto o backup garante a preservação dos dados, é o Disaster Recovery que assegura a continuidade dos sistemas. Ou seja, são soluções complementares”, explica ele.
Thiago informa que enquanto o backup é voltado à integridade dos dados, permitindo restaurar informações específicas, o Disaster Recovery cuida da resiliência do ambiente completo, possibilitando colocar no ar, em questão de minutos, sistemas críticos como ERPs, plataformas de vendas e folha de pagamento. “Se o seu sistema parar, pouco adianta ter os arquivos salvos se você não consegue colocar o ambiente de volta no ar rapidamente”, reforça o executivo.
Dois conceitos fundamentais para entender a diferença entre essas soluções são o RTO (Recovery Time Objective) e o RPO (Recovery Point Objective). O RTO diz respeito ao tempo necessário para a recuperação dos sistemas após um incidente; nesse ponto, o backup pode levar dias, enquanto o DR opera em minutos. Já o RPO determina a perda máxima de dados aceitável: enquanto o backup tradicional costuma rodar uma vez por dia, o DR pode replicar dados em tempo real ou em janelas de poucos minutos, reduzindo drasticamente os riscos de perda.
Thiago esclarece ainda que um erro comum no mercado é acreditar que estar em um data center de ponta elimina os riscos. Para o especialista, mesmo estruturas robustas estão sujeitas a incêndios, quedas de energia ou falhas humanas, como o caso recente de um apagamento acidental no Google Cloud. Por isso, um plano de DR bem estruturado, com testes periódicos e gestão especializada, é indispensável.
Ele ressalta que existem soluções de Disaster Recovery como serviço com base na plataforma Veeam, como é o caso da ferramenta da Penso Com gestão 24x7, testes semestrais e certificação ISO 27001, ela garante resiliência real para negócios.
“Backup é indispensável, mas não dá conta sozinho. Em um mundo onde os negócios são digitais por natureza, a verdadeira continuidade depende da capacidade de retomar as operações em minutos, não em dias. O Disaster Recovery não é luxo ou simples precaução, mas sim uma decisão de responsabilidade”, finaliza Thiago.
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PEDRO GABRIEL SENGER BRAGA
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