Do dedo ao papel: candidatos abandonam likes e apostam nos santinhos

Empresas de panfletagem são as novas aliadas na busca pelo voto local

STRENGER COREGE
10/07/2025 12h39 - Atualizado há 12 horas

Do dedo ao papel: candidatos abandonam likes e apostam nos santinhos
Canva

Com a aproximação das eleições municipais de 2025, empresas especializadas em panfletagem têm registrado alta demanda por serviços voltados à distribuição de santinhos, sobretudo em centros urbanos e periferias. De acordo com dados da Associação Brasileira de Marketing Direto (ABEMD), o setor movimentou R$ 382 milhões no primeiro semestre do ano, um crescimento de 43% em relação ao mesmo período de 2023.

O fenômeno é impulsionado pelo custo-benefício da abordagem presencial, considerada por analistas uma das mais eficientes para campanhas de pequeno e médio porte. Segundo especialistas, a panfletagem política continua sendo um dos meios mais diretos de atingir eleitores indecisos, especialmente em regiões com menor acesso à internet ou onde a campanha digital tem penetração limitada.

“Apesar da era digital, o corpo a corpo ainda é determinante em eleições municipais. Um material bem impresso, entregue por uma equipe treinada, tem grande poder de convencimento”, afirma Matheus Ferreira, CEO da Empresa de Panfletagem - Expo Distribuição. “O segredo está na segmentação correta, no horário certo e na abordagem respeitosa. Uma boa estratégia de distribuição de panfletos pode ser decisiva nos últimos dias de campanha.”

De acordo com levantamento publicado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em março de 2025, 71% dos candidatos a vereador em todo o Brasil declararam utilizar santinho político como parte central de sua comunicação com o eleitorado. O dado representa um salto de 18% em relação ao pleito municipal anterior, em 2020. A estimativa é que, até o final de setembro, mais de 2 bilhões de santinhos sejam distribuídos em todo o território nacional.

A logística para atender à crescente demanda tem movimentado toda a cadeia de impressão e distribuição. Gráficas aumentaram turnos de produção, enquanto empresas terceirizadas, como a Expo Distribuição, contrataram mão de obra temporária e desenvolveram rotas otimizadas para garantir cobertura de bairros estratégicos em grandes capitais.

Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a distribuição de santinhos representa atualmente 27% do orçamento médio de campanha de candidatos municipais com orçamento inferior a R$ 100 mil. A preferência por ações de rua cresce conforme as redes sociais se tornam cada vez mais saturadas de conteúdos pagos e a atenção do eleitorado se fragmenta.

Além do fator econômico, a regulamentação também favorece a panfletagem tradicional. O TSE, em seu manual atualizado em maio de 2025, autorizou a distribuição manual de material gráfico em vias públicas, desde que não haja aglomeração indevida nem poluição visual. A prática, quando realizada por empresas formalizadas e com atuação responsável, é considerada legal e estratégica.

Com o avanço do calendário eleitoral, empresas que contratam serviços de panfletagem já consideram esse investimento essencial. A panfletagem política, quando bem executada, amplia o alcance da mensagem, promove identificação direta com o eleitorado e reforça o nome do candidato na memória dos votantes locais.


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Renan Rodrigues de Souza
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FONTE: https://expodistribuicao.com.br/
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