Como lidar com o uso excessivo de telas nas férias escolares
Psicóloga Sirlene Ferreira alerta para os riscos e ensina como estabelecer limites saudáveis em casa
GABI TORRES
07/07/2025 15h44 - Atualizado há 6 horas
Divulgação
Com a chegada das férias escolares, o tempo livre das crianças aumenta — e, com ele, o uso de celulares, tablets e outros dispositivos digitais. O que para muitos pais pode parecer uma solução prática para entreter os filhos, pode, na verdade, trazer prejuízos à saúde física e emocional dos pequenos.
A psicóloga Sirlene Ferreira alerta que é natural que o tempo de tela aumente durante o recesso, mas isso não deve ocorrer de forma descontrolada.
“Nas férias existe, sim, uma tendência de aumentar a exposição das crianças às telas. Por isso, é importante que os adultos responsáveis tenham o controle disso, combinando com as crianças o tempo máximo de uso e mantendo esse combinado ativo”, orienta.
Não existe um tempo ideal único para todos. A recomendação é que, quanto menor a criança, menor seja a exposição. Mais importante do que o tempo, porém, é garantir que haja outras opções de lazer disponíveis em casa. “O tédio é o maior incentivador do uso das telas. Por isso, o ideal é ter uma rotina com atividades variadas que estimulem o brincar, a criatividade e o vínculo com a família”, afirma Sirlene. Entre os sinais de que o uso de telas está excessivo estão mudanças de comportamento, como irritabilidade, dores de cabeça frequentes e dificuldades para dormir. Nesses casos, a atenção dos pais e a busca por equilíbrio são fundamentais. Para reduzir o tempo de tela sem gerar conflitos, a dica é envolver a criança no processo e conversar com empatia. “Uma boa conversa, com calma, e mostrando informações que sustentem a decisão, é sempre bem-vinda. Invista nos combinados e permita que a criança participe da construção dessas regras”, recomenda a psicóloga. Mesmo quando a rotina apertada e a falta de recursos dificultam saídas e passeios, brincadeiras simples em casa continuam sendo eficazes. Jogos de tabuleiro, oficinas de arte, leitura conjunta e até cozinhar em família são opções que estimulam a criatividade e fortalecem os laços afetivos. Além disso, o exemplo dos adultos é essencial. Criar regras como evitar o celular à mesa ou na hora de dormir pode ajudar a estabelecer uma cultura mais equilibrada em casa. “Quando os pais seguem as mesmas regras que propõem aos filhos, a mensagem se fortalece. É um gesto simples, mas com grande impacto na formação de hábitos”, finaliza Sirlene. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
Anderson Rodrigues da Silva
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