Antes de fazer sucesso na plataforma brasileira de conteúdo adulto TopFans, a influenciadora Tarsila Loureiro, de 29 anos, natural de Belém do Pará e criada na Ilha de Marajó, decidiu transformar o corpo. Formada como comissária de bordo e com passagens por concursos de beleza no Norte do país, incluindo o top 5 do Miss Pará, ela entendeu que, para se destacar nesse novo mercado, precisaria se alinhar ao padrão estético dominante entre as principais criadoras da plataforma.
“Eu ainda não tinha feito silicone na época, nem ensaios sensuais. Mas quando comecei a acompanhar o que dava certo ali dentro, percebi que existia uma estética dominante. E resolvi me preparar pra isso”, conta. A cirurgia plástica foi o ponto de virada. “Não é que me pediram pra mudar, foi uma decisão minha. Mas olhando os perfis, eu sabia o que era valorizado.”
Tarsila chegou a atuar como modelo e miss, mas nunca havia feito conteúdo sensual até receber um convite para posar para a Revista Bella da semana, a mais respeitada publicação do segmento. O convite foi seguido pela indicação de criar um perfil na TopFans, com apoio da própria equipe da publicação. “Eles me falaram que meu perfil combinava com o tipo de público da plataforma e que já existiam assinantes da revista querendo ver mais. Aí eu criei o perfil e mergulhei de vez nesse universo”, lembra.
Fluente em inglês, espanhol e português, ela acredita que sua formação internacional ajudou a reforçar o personagem que construiu online. “Até hoje tem gente que acha que eu sou comissária de bordo por causa do que a revista colocou no meu perfil. E isso vende bastante.”
Segundo o CEO da TopFans, Alexandre Lopes, a plataforma mantém critérios rigorosos de entrada com base no que ele define como “sonho de consumo do homem heterossexual”. A curadoria visual, segundo ele, não é apenas sobre beleza. Envolve postura diante da câmera, linguagem, estética de perfil e tipo de conteúdo. A cada semana, entre 200 e 300 perfis são recusados.
“Nem todo mundo entra. Temos um público bem definido e respondemos a ele com consistência. Existem sim filtros, porque existe uma expectativa visual”, afirma Alexandre.
Mesmo após se adequar e conquistar espaço, Tarsila reconhece que esse tipo de filtro ainda gera debates. “Eu escolhi me adaptar e pra mim funcionou. Mas sei que muitas outras mulheres, por não seguirem esse molde, nem chegam a entrar. Existe um padrão, e quem quiser fazer parte vai precisar lidar com ele.”
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JESSICA ESTRELA PEREIRA
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