Opinião | Junho Verde: tecnologia verde no campo – uma revolução necessária

Por Maquiel Vidal Nardon, Coordenadora do Curso de Graduação em Agronomia, na UNIASSELVI

ASSESSORIA DE IMPRENSA UNIASSELVI
23/06/2025 13h54 - Atualizado há 1 dia

Opinião | Junho Verde: tecnologia verde no campo – uma revolução necessária
Divulgação

Junho nos convida a refletir sobre o verde. Não apenas o das folhagens, mas o da sustentabilidade, que deve permear nossa relação com a Terra, especialmente no campo, berço da nossa sobrevivência. A expressão "Tecnologia Verde" pode soar futurista, mas sua essência é profundamente prática e urgente na agricultura contemporânea. Trata-se da convergência inovadora entre a produção de alimentos e a preservação dos recursos naturais, um caminho não apenas desejável, mas vital para o nosso futuro. 

Longe de ser um modismo, a tecnologia verde no campo é uma resposta inteligente aos desafios do século XXI: alimentar uma população crescente sob a pressão das mudanças climáticas e com recursos naturais cada vez mais escassos. Ela se manifesta na agricultura de precisão, por meio de sensores, drones e GPS que mapeiam a variabilidade do solo, permitindo a aplicação cirúrgica de insumos. Água e fertilizantes são utilizados com máxima eficiência, reduzindo custos e impactos ambientais. Também está presente no uso de bioinsumos – microrganismos promotores de crescimento e biodefensivos – que fortalecem as plantas e controlam pragas de forma natural, diminuindo a dependência de agroquímicos sintéticos. É na integração de sistemas, como lavoura-pecuária-floresta (ILPF), que otimiza o uso da terra, sequestra carbono e aumenta a resiliência do agroecossistema. 

Essa revolução silenciosa exige profissionais preparados. O agrônomo moderno é um gestor de ecossistemas complexos, um intérprete de dados e um catalisador de inovações. É um agente de mudança, capaz de aliar conhecimento técnico profundo a uma visão sistêmica e ética. Cabe a ele implementar e adaptar essas tecnologias verdes à realidade diversa do nosso país, garantindo que o aumento da produtividade ande de mãos dadas com a regeneração ambiental. 

A adoção de tecnologias verdes não é um custo, mas um investimento — em solos férteis para as próximas gerações, em água limpa, em biodiversidade preservada e, claro, em rentabilidade sustentável para o produtor. O "Junho Verde" deve ser mais que um mês de reflexão; deve ser o impulso para incorporarmos essas práticas no DNA da nossa agricultura. O campo brasileiro, celeiro do mundo, tem o potencial e a obrigação de liderar essa transição. Cabe a nós, profissionais da área, abraçar essa causa, pois o futuro da comida e do planeta depende das escolhas verdes que fazemos hoje no campo. 


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PRISCILA DE ARAUJO
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FONTE: https://portal.uniasselvi.com.br/
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