Segundo dados da Receita Federal, em 2024, mais de 800 mil brasileiros tinham R$1,1 trilhão em bens no exterior. Esta prática pode ser um reflexo da democratização de investimentos feita pelas plataformas digitais. Hoje, com valores acessíveis, muitas pessoas têm buscado estabilidade ‘dolarizando’ seu patrimônio.
Para o investidor brasileiro que lida frequentemente com as oscilações do mercado local e a desvalorização do real, ter parte do patrimônio em uma moeda mais estável oferece uma proteção cambial valiosa. Ao mitigar os riscos de flutuações da moeda doméstica, investir em dólar proporciona uma camada extra de segurança, blindando o capital contra choques econômicos e garantindo um poder de compra mais consistente a longo prazo.
“O acesso ao mercado americano nunca esteve tão descomplicado. Com o equivalente a R$100 ou R$200 já é possível aplicar em ativos como BDRs — recibos de ações de empresas estrangeiras negociados na B3 —, ETFs ou abrir contas internacionais que permitem operar diretamente em dólar. A moeda funciona como uma proteção contra a volatilidade do real e oferece oportunidades que não existem no mercado nacional”, afirma Adriano Murta, especialista em investimentos internacionais com mais de 20 anos de experiência.
Além da acessibilidade, outro atrativo dos investimentos atrelados ao dólar está na possibilidade de participar de setores econômicos e empresas que não existem no Brasil, como gigantes da tecnologia, fundos imobiliários globais e títulos do Tesouro norte-americano. Isso amplia significativamente o leque de opções para o investidor, que pode diversificar sua carteira com ativos mais estáveis, inovadores ou com maior potencial de crescimento, de acordo com seu perfil e objetivos financeiros.
Segundo Murta, é essencial observar a tributação sobre os investimentos, os custos de envio e câmbio, e principalmente o objetivo do investidor. Para o especialista, democratizar o acesso a investimentos dolarizados é uma transformação que está só começando. “Hoje, investir em dólar não é só para pessoas ricas, é uma decisão estratégica ao alcance de qualquer brasileiro disposto a planejar. Com informação e orientação, o investidor comum pode participar da economia mais poderosa do mundo”, conclui.
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CARLOS JOSÉ DE SOUZA JUNIOR
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